Apicultor denuncia matança de abelhas em Petrolina e aciona Ministério Publico

O apicultor Francisco Camilo de Souza, informou através das redes sociais que em Petrolina "está acontecendo uma matança de abelhas". Camilo, que trabalha há 15 anos com criação de abelhas, denunciou o crime ambiental na última segunda-feira (25), ao Ministério Público de Pernambuco-Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania-Curadoria do Meio Ambiente.

De acordo com o apicultor "ele conseguiu fotografar uma empresa de dedetização usando água e veneno para matar as abelhas. O enxame estava localizado numa das ruas da Cohab Massangano". Camilo conta que pediu explicações para o motorista do carro da empresa. Segundo o denunciante, a "empresa presta serviço para a prefeitura de Petrolina e foi a vencedora da licitação, mas o que mais proporcionou indignação foi observar o desastre, o crime ambiental com as mortes das abelhas". 

O apicultor lamenta a crescente matança de colônias de abelhas em várias regiões, tenha também chegado a Petrolina atribuída à pulverização de agrotóxicos cada vez mais potentes. "È crime ambiental e extinguir abelhas pode provocar uma possível crise em toda a cadeia alimentar. A dimensão desse extermínio é catastrófica. É um crime ambiental", finalizou Francisco Camilo.

O ambientalista e graduado em engenharia agronônica, Clefson Senna, diz que no mundo existe uma "luta para a preservação dos diversos tipos de polinizadores e em especial as abelhas responsáveis por até 85 porcento da polinização mundial garantindo a manutenção da fauna e flora". "No Brasil já existe uma tensão pela ausência dos polinizadores e por isto matar abelhas é crime ambiental. De acordo com Clefson os fatos ocorridos em Petrolina "parece ser realizada por leigos".

Em nota enviada ao Blog a Secretaria de Saúde de Petrolina através do Centro de Zoonoses, informou que "a empresa dedetizadora não presta serviço para o município e o orgão tem uma pessoa responsável para o reconhecimento, porém sem nenhum prejuízo para as abelhas. Após o recohimento elas são devolvidas para o seu habitat natural ou doadas para algum apicultor para a produção de mel".