O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot pode ter utilizado um falso extrato bancário para embasar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. O ex-advogado da empreiteira Odebrecht, Rodrigo Duran, diz ter provas de que a empresa enviou documentos forjados ao Ministério Público Federal (MPF). As informações são da coluna Radar, do site da revista Veja, deste sábado (23).
O documento cuja autenticidade foi questionada é um extrato de uma conta no Meinl Bank, em Antígua. O papel tem datas em português num documento em inglês e apresenta movimentação de conta depois da data de encerramento. De acordo com a revista, o extrato foi feito no dia 14 de outubro de 2016. Neste dia, o sistema do banco estava bloqueado por autoridades suíças, o que inviabilizaria a consulta.
O saldo da conta também apresentaria inconsistência. Um extrato indica cerca de 1,3 milhões de dólares. Em outro, da mesma conta e data, o montante está negativo em 178 mil dólares. Na denúncia, Janot teria usado extratos do mesmo banco, com o mesmo tipo de incoerência para acusar Temer e os ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Alves.
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