A busca por entender os conflitos agrários na Bahia, motivou a pesquisadora e professora do Instituto de Geociências (IGEO) da Universidade Federal da Bahia, Guiomar Inez Germani a criar o grupo de pesquisa Geografar (Geografia dos Assentamentos na Área Rural). O grupo que existe há 22 anos é composto por alunos de graduação e pós-graduação do Instituto de Geociências, das Ciências Sociais, Filosofia, Serviço Social, Economia e outros.
Os dados do Centro de Documentação “Dom Tomás Balduino”, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), apontam a Bahia como terceiro estado no Brasil com maior número de conflitos no campo, com 11% do total registrado no país. No Brasil, cerca de 200 mil famílias vivem em acampamentos à espera da Reforma Agrária e outras 3,5 milhões vivem e produzem em áreas que não são suas, seja como trabalhadores ou arrendatários.
O Geografar surgiu de um projeto de pesquisa interdisciplinar financiado pelo CNPq e vinculado ao Departamento de Geografia/IGEO, que incorporou bolsistas de Iniciação Científica e proporcionou a realização de atividades de extensão – estudos em acampamentos de trabalhadores rurais sem terra e projetos de assentamentos em áreas de reforma agrária.
“O projeto Geografar em suas bases no tripé ensino-pesquisa-extensão e sua produção acadêmica é orientado a discutir e analisar o processo de produção e os conflitos existentes no campo agrário baiano,” explicou a pesquisadora Guiomar Germani.
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