Mais de 3 mil baianos aguardam por um transplante de órgãos e, infelizmente, a Bahia figura entre os estados que menos transplantam no país. É a quarta maior fila de espera entre os estados brasileiros. De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o principal entrave no estado é a recusa de familiares em doar órgãos de parentes falecidos. Na Bahia, uma em cada dez doações é de pessoas vivas.
Um levantamento da ABTO divulgado recentemente demonstrou que, no primeiro semestre de 2017, 62% dos 158 familiares abordados por equipes médicas na Bahia para a doação recusaram o pedido. Neste mês, o “Setembro Verde”, empresas e organizações de saúde realizam campanhas para estimular a doação.
De acordo com a Central de Transplantes, organização estadual que incentiva a doação de órgãos, as principais razões para a negativa das famílias são o desconhecimento do desejo do falecido em vida, a falta de esclarecimento sobre morte cerebral e a crença de que a religião da pessoa não permite a doação.
Mesmo com o alto percentual de negação familiar, o número de doadores aumentou na Bahia de 77 para 107 nos últimos cinco anos. Entre janeiro e agosto de 2017, 88 doações já foram realizadas. O presidente da ABTO, Roberto Manfro, aponta a captação de mais doadores como outro fator responsável pelo aumento. “A recusa permanece mais ou menos estabilizada, mas o número de potenciais doadores identificados têm aumentado. Isso resulta num maior número de doações”.
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