O vice-governador de Pernambuco e presidente da executiva estadual do PMDB, Raul Henry, fez duras críticas ao processo de ingresso do senador Fernando Bezerra Coelho no partido e à possível perda do comando da legenda para o novo integrante. Em entrevista Henry voltou a falar em "violência contra a história da legenda", disse que o grupo "vai lutar" e chamou, ainda, o senador de "traidor".
Questionado se a iniciativa seria uma retaliação da executiva nacional à postura do deputado federal Jarbas Vasconcelos em favor da denúncia do presidente Michel Temer (PMDB), Raul Henry disse acreditar as duas coisas parecem não ter relação. "Agora é uma coisa diferente, uma articulação do senador Fernando, uma coisa absolutamente desleal, traiçoeira, indigna da parte dele, mas não vamos aceitar. Me parece que com essa só confirma a fama de traidor que ele conseguiu cultivar aqui em Pernambuco. Não vamos admitir, nós vamos para a luta e para o enfrentamento", disparou.
O dirigente partidário lembrou entrevista "muito generosa" concedida por Jarbas em relação ao senador, na qual ele afirmava que acolheria Fernando Bezerra Coelho no PMDB.
"Mas ninguém imaginava que o senador fosse entrar no partido dizendo que estava entrando para ser o comandante estadual do PMDB. Que história é essa? Que falta de respeito é essa? Que violência é essa contra a nossa história, contra toda uma trajetória que nós temos, contra a liderança de Jarbas, querendo atropelar, querendo desmoralizar a liderança de Jarbas? Não vamos aceitar isso por hipótese nenhuma", declarou o vice-governador.
Raul Henry também disse que na quarta-feira (13) vai ter reunião da executiva nacional e que ele e Kaio Maniçoba, atual secretário estadual de Habitação e que também faz parte da direção nacional, estarão e que levantarão o assunto para debate.
O vereador Raimundo Nonato (PMDB), também conhecido como Major Enfermeiro, rebateu dizendo que a “prática e discurso de Raul Henry não caminham juntos”. Para embasar a sua afirmação, ele lembrou o episódio em que o partido tomou o comando em Olinda da família Urquiza e o entregou a Ricardo Costa, que foi candidato. Também acrescentou que Raul faz parte de um governo “que não para de fazer críticas à gestão do presidente Michel Temer” e que “visivelmente se aproxima do PT”. Por fim, afirma que Raul Henry, antes de criticar “precisa olhar para o próprio passado”.
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