Ativista moçambicana, que participa do Fronteiras Braskem do Pensamento, destacou política de cotas e criticou desigualdade salarial entre homens e mulheres. A ativista de direitos humanos moçambicana Graça Machel, falou sobre assuntos como cotas para minorias, desigualdade entre os gêneros e os casamentos precoces, que anda ocorrem com frequência, especialmente no continente africano.
Graça Machel realizou a conferência que encerrou a edição de 2017 do Fronteiras Braskem do Pensamento realizado ontem em Salvador.
Sobre a diferença do tratamento que homens e mulheres recebem, a ativista se manifestou: "Ainda temos, neste século, questões fundamentais nas relações humanas a serem resolvidas. Ainda temos dificuldade de aceitar, valorizar ou dignificar a mulher e de aceitar que ela é um ser humano completo, igual ao homem. Qualquer ser humano, de qualquer estrato social, de qualquer gênero ou raça, é igual a qualquer outro. Nós nascemos iguais".
Graça ainda destacou as diferenças econômicas que separam homens e mulheres: "Não consigo encontrar explicação plausível para que se considere a mulher como ser inferior. Para trabalho igual, o salário tem que ser igual. Por que com a mesma qualificação de um homem e com a mesma experiência, a mulher chega a ganhar 25% ou 30% menos que o homem? Só porque é mulher?", questionou.
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