O Ministério de Minas e Energia (MME) admitiu que os cortes federais atingiram os valores que seriam destinados para o programa Luz Para Todos neste ano. Questionado sobre a baixa execução verificada no primeiro semestre, a pasta declarou, por meio de nota, que "a execução orçamentária do Luz para Todos em 2017 será reduzida em 16,8%".
Segundo o MME, no entanto, o ritmo da execução orçamentária ocorre conforme o avanço físico das obras e, em sua avaliação, "está de acordo com o cronograma de 2017".
O ministério declarou que contratações de empresas responsáveis pelas ligações não serão suspensas, mas que, "em função da revisão orçamentária, alguns contratos serão firmados este ano e a primeira liberação ocorrerá no início de 2018". Sobre a meta de ligações em todo o País, o MME afirmou que a previsão é atender 41.391 famílias no meio rural em 2017.
A empresa Energisa, responsável pelas ligações do Luz Para Todos desde 2014 em Tocantins, declarou que o programa está em sua sexta e última fase de execução e que o contrato dessa etapa assinado em julho, prevê o atendimento de 6.416 ligações até setembro de 2018. Desse total, segundo a empresa, 1.916 novas ligações serão feitas neste ano, nos 34 municípios contemplados pelo programa. As demais 4,5 mil ligações serão realizadas no ano que vem, atendendo cerca de 25 mil habitantes em todo o Tocantins.
Sobre as queixas dos moradores em relação aos atrasos nas ligações, a Energisa afirmou que assumiu a distribuidora do Tocantins somente em 2014 e que, desde então, tem cumprido o cronograma estabelecido pela Aneel. "Em 2016, por exemplo, a empresa finalizou, no prazo, o cronograma da quinta etapa. Entre 2014 e 2016, atendeu a cerca de 8 mil clientes dentro do Luz Para Todos", informou.
Sobre as queixas concentradas em Crixás, a empresa declarou que uma resolução de 2015 definiu que o atendimento da região deve ser feito até dezembro de 2018, mas que será concluído em setembro. "A Energisa está empenhando todos os esforços no cumprimento do cronograma do Luz Para Todos no Estado e manterá os trabalhos nesse ritmo até o fim do programa." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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