Afim de apoiar as mulheres no combate à violência e mostrar que esta também é uma luta dos homens, funcionários da 6ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), sediada em Juazeiro, no norte da Bahia, estão apoiando a campanha “Sou Mulher, quero Respeito’, que foi lançada por uma emissora de televisão e repercutida em suas cinco emissoras filiadas.
Os empregados, estagiários e colaboradores que atuam na companhia em Juazeiro participaram da gravação de um vídeo institucional, que será distribuído internamente e pelas redes sociais pelos próprios participantes. Também serão fixados nas dependências do prédio cartazes alusivos à campanha, para chamar a atenção dos públicos interno e externo.
Para a funcionária Valmara Sandes, essa é uma causa que deve ser abraçada por todos: “Parabenizo a todos que juntos celebram essa campanha em prol das mulheres do Brasil. Nós, mulheres, passamos por diversas situações de desrespeito em nossa vida e não podemos nos calar diante disso. Nós queremos respeito! Eu apoio essa campanha”, diz Valmara.
Os homens da Superintendência também fizeram parte dessa ação, como forma de demonstrar seu apoio às mulheres e principalmente às colegas de trabalho. O analista em desenvolvimento regional, João Santana Tosta, afirma que “essa campanha vem valorizar cada vez mais a mulher brasileira, que merece todo carinho, atenção e apoio contra qualquer agressão que seja perpetrada sobre ela”.
A ideia de apoiar a campanha nasceu das próprias funcionárias, que decidiram mobilizar todos que atuam na companhia para que a participação fosse ainda maior. Segundo levantamento da Unidade de Gestão de Pessoas, trabalham na superintendência regional da Codevasf em Juazeiro 131 homens, 27 mulheres, 17 estudantes estagiários, sendo sete homens e dez mulheres, além de cinco estudantes homens integrantes do programa Jovem Aprendiz e 13 funcionários da empresa de limpeza – cinco homens e oito mulheres.
Aumento da violência
Os casos de violência contra mulher estão cada vez mais frequentes. No Brasil, segundo pesquisas, a cada 3 minutos uma mulher ainda é vítima de agressões, que podem ser físicas, psicológicas, sexuais, morais e até patrimoniais, o que deve servir como sinal de alerta para que sejam tomadas medidas protetivas ainda mais eficientes, como foi a criação da Lei Maria da Penha, que vigora no Brasil desde 2006.
Ela foi baseada na história de vida da farmacêutica cearense, Maria da Penha Maia Fernandes, que em 1983, enquanto dormia, recebeu um tiro do então marido que a deixou paraplégica. Depois de se recuperar, foi mantida em cárcere privado, sofreu outras agressões e uma nova tentativa de assassinato, também pelo marido, por eletrocução. Maria da Penha, então, decidiu romper o silêncio, e depois de procurar a Justiça, conseguiu sair da casa onde morava, em companhia de suas três filhas.
No mercado de trabalho, a participação da mulher tem sido cada vez maior, mas ao mesmo tempo a expansão dos casos de assédio e outras formas de desrespeitos também têm aumentado. Segundo os organizadores do movimento na Codevasf em Juazeiro, chamar a atenção para situações como esta e outras que ainda continuam veladas, até no ambiente de trabalho, é uma necessidade e obrigação de toda a sociedade brasileira.
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