A Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em pé-de-guerra. A ocupação das famílias de agricultores chega ao segundo dia e até o momento o Superitendente da 3º regional da Codevasf, Aurivalter Cordeiro, não fez um comunicado a imprensa.
A vereadora Cristina Costa (PT), explicou que existe uma "guerra de interesses políticos envolvendo o Projeto de Irrigação do Pontal e que o termo de reitegração é da Codevasf contra os agricultores acampados". Segundo Cristina a Codevasf está descumprindo o acordo que não haveria no momento despejo. "Havia o compromisso tem conseguir terra para todas as famílias e a decisão política é para priorizar o grande produtor", acusa a vereadora.
Os cerca 300 agricultores do Projeto Pontal, continuam ocupando a sede da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A 3ª Superintendência Regional (SR), ao lado de um oficial de justiça, apresentou novo mandado de reintegração de posse; agora com objetivo de retirar os agricultores do local.
A ocupação ocorre a oito dias da execução de outro mandado de reintegração. De acordo com o Sindicato dos Agricultores Familiares (Sintraf), o documento marca para o dia 12 de setembro a retirada pela Polícia Federal (PF) de 900 famílias do Projeto Pontal.
Segundo a líder sindical, os acampados de seu sindicato e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) têm 24 horas, a partir da notificação, para sair da sede da companhia. “Temos cerca de 100 crianças estudando no Pontal, além das famílias que tiram de lá seus sustentos. Ao invés de sentar e negociar, eles pedem mandado de reintegração de posse. Não existe apenas este local para protestar. Se nos tirarem daqui, ocuparemos outro lugar, mas de um jeito ou de outro vamos chegar a uma solução”, adiantou Isália.
Dos 7.878 hectares do projeto, os agricultores ocupam 1.500hm2. É dentro desta área que Gilvonete Rodrigues, 48, o marido e cinco filhos, produzem feijão e milho. Apreensiva com a desapropriação marcada para o dia 12, foi uma das mulheres que marcharam para a Codevasf. “Todos aqui estão reivindicando um pedaço de terra no Pontal porque precisam. Quem for lá vai ver nossa produção. Se os ricos vão ter direito a uma área, nós também queremos [ter]”, afirmou a agricultora.
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