O dia 21 de setembro, foi escolhido para ser o Dia Mundial de Combate ao Alzheimer e segundo a Associação Internacional da doença- Alzheimer´s Disease Internacional (ADI), a doença acomete cada vez mais pessoas, há 35,6 milhões de doentes no mundo; em 2030, devem ser 65,7 milhões e em 2050, a previsão é de 115,4 milhões de indivíduos;
Há 16 anos, quando descobriu que sua mãe, de 90 anos, estava com mal de Alzheimer, a educadora Beila Carvalho conta que a principal dificuldade que encontrou foi a falta de informação sobre a doença. “A gente não tinha nem ideia do que se tratava. Nunca tinha ouvido falar. A família fica perdida, não sabe onde procurar ajuda, se desestrutura por não ter conhecimento”, relata a educadora.
Assim como Beila Carvalho, diversos familiares de portadores do mal de Alzheimer também sofrem com a falta de informações sobre a doença. Foi dessa necessidade de conhecer o que se passa com seus parentes que surgiu, em 2002, a Associação Baiana de Parkinson e Alzheimer (Abapaz).
“O papel da associação é levar conhecimento para a população que busca tratamento. A coisa mais importante é que a família conheça a doença. Pelo contrário, como vai lidar com a pessoa sem saber do que se trata? Além disso, a família toda tem que saber. É preciso que haja essa união. Dividir a tarefa em função dessa pessoa para que uma única pessoa não fique sobrecarregada”, recomenda Beila Carvalho, vice-presidente da Abapaz.
De acordo com o coordenador do Ambulatório de Neurociências do Hospital das Clínicas e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Ailton Melo, o mal de Alzheimer é uma doença degenerativa do sistema nervoso que se caracteriza pela perda progressiva de memória e pela demência.
“O Alzheimer atinge cerca de 5% das pessoas acima de 70 anos, em todo o mundo. A pessoa passa a ter problemas para exercer atividades que exercia antes. Esquecer normalmente não é demência. É preciso que haja uma perda intelectual para caracterizar o alzheimer”, explica Ailton, que é neurologista.
O portador de Alzheimer, conforme Ailton Melo, que também é consultor científico da Abapaz, pode ainda apresentar alterações na linguagem, irritação ou apatia, bem como alucinações e delírios. Por causas dessas alterações no comportamento, justifica-se a necessidade de toda a família ficar sabendo.
O mal de Alzheimer é uma doença que não tem cura. O que pode ser feito é um tratamento paliativo para demência, o qual ocorre por meio do uso de medicamentos, que podem ser adquiridos de forma gratuita no Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso (Creasi).
A Associação Baiana de Parkinson e Alzheimer (Abapaz) funciona de segunda a sexta-feira na Rua Profº. Francisco da Conceição Menezes, nº 3, Rio Vermelho.
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