O Sindicato dos Advogados de São Paulo vai à Justiça para obrigar os produtores de A Lei É para Todos a revelar quem são os patrocinadores do filme. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. É que a produção, que custou 16 milhões de reais, apresenta como culpados clientes de advogados que ainda nem foram julgados em definitivo.
“Essa questão está obscura e nossos associados, que defendem réus da Lava Jato, estão preocupados porque as pessoas são apresentadas como culpadas antes mesmo do julgamento final de seus processos.
Será que os patrocinadores são de empresas que prestam serviços públicos? Há algum interesse eleitoral nesse filme?”, pergunta Aldimar de Assis, presidente do sindicato. Segundo a coluna, os produtores mantêm a decisão de não revelar quem financiou o filme. “Dizem apenas que os patrocínios vieram de pessoas físicas e não de empresas. E que elas não respondem a processo por corrupção”, informa.
Esse mistério lembra o do pagamento a a advogada e professora Janaína Paschoal pelo parecer que fundamentou a farsa do impeachment de Dilma Roussef. Ela recebeu 45 mil reais para fazer um parecer ao PSDB, mas procurou esconder seus patrocinadores e se apresentava — e ainda se apresenta –, como patriota desinteressada. Como se viu, não passava de eleitora de Aécio Neves inconformada com a derrota de 2014, como os golpistas de maneira geral.
O Filme A Lei É para Todos despertou a suspeita legítima de que se trata de mais uma iniciativa no sentido de perseguir um partido político e sua principal liderança — esse Para Todos já mostra mostra a que veio. Parece uma peça de propaganda política e está aí mais uma razão para que seus patrocinadores sejam conhecidos, agora para opróbrio, para as vaias, não para congratulações ou aplausos.
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