Governo de Pernambuco assina processo de Tombamento do Palácio Diocesano de Petrolina

A discordância do bispo emérito de Petrolina (sertão), Dom Frei Paulo Cardoso, numa obra da área do terreno onde fica o Palácio Diocesano da cidade e a atual administração da Igreja ganha um novo capítulo: A presidente da Fundação do Patrimônio Artistico de Pernambuco-Fundarpe, Marcia Maria da Fonte Coutro, assinou o edital de abertura do processo de tombamento do prédio. O Palácio Episcopal Diocesano de Petrolina, situado na praça Dom Malan agora por Lei Estadual é Patrimônio Histórico e Cultural.

A justificativa do Governo do Estado, através da secretária de cultura é que o prédio do Palácio possui valor arquitetônico e histórico e "por isto ficam asseguradas todas as prerrogativas de preservação".

O projeto de construção de um shopping no terreno foi motivo de discussão na Câmara Municipal de vereadores na última terça-feira, 22. Frei Paulo enviou nota aos vereadores, antes já havia publicado uma carta aberta, criticando com veemência a implantação do Shopping Popular Dom Malan.

Na oportunidade o Padre Malan Carvalho, atual administrador Diocesano respondeu a Dom Paulo, afirmando que "com a devida atenção, não é difícil perceber que as recentes publicações de Dom Paulo seguem a mesma lógica: o que é bom e belo é, no seu entender, apenas luxo, daí a sua oposição.

"A argumentação de zelo pelo patrimônio histórico é incompatível com a omissão em relação aos efeitos do tempo nas construções. Ora, neste sentido, as construções da Igreja não são diferentes das outras construções: elas também sofrem o desgaste do tempo. Não cremos ser necessário elencar estes desgastes em nossas construções que, em 27 anos de governo de D. Paulo não mereceram nenhuma ação precisa de restauração e conservação", relatou Padre Malan.