O acidente com a lancha que fazia a travessia entre Mar Grande e Salvador, nesta quinta-feira (24), já pode ser classificado como um dos piores dos últimos anos entre incidentes com embarcações do estado. Até o momento, autoridades já confirmaram a morte de 18 passageiros. Para efeito de comparação, dados do Datasus, do Ministério da Saúde, apontam que nos últimos dez anos 37 pessoas morreram em acidentes de transporte sobre a água na Bahia - os números não consideram o incidente desta quinta.
De acordo com levantamento feito pelo Estado de S. Paulo, no país o número de óbitos na última década foi de 1.289. A Bahia fica empatada em segundo lugar com o Ceará entre os estados do Nordeste que tiveram mais acidentes. Os estados do Pará e do Amazonas, locais onde a conexão entre as cidades é feita majoritariamente por barcos, registraram 610 casos, quase metade das ocorrências nacionais. O número total de mortes dessa natureza tende a ser maior, uma vez que o Datasus depende do correto preenchimento de dados por parte das diversas unidades de saúde do país no momento dos atendimentos.
O total de aforamentos no período, por exemplo, chega a 55 mil casos -- mas inclui todos os tipos de afogamentos. Em Salvador, até o momento, foram atendidas cerca de 100 pessoas em unidades de saúde. Entre os mortos, 18 corpos foram levados para a Ilha de Itaparica e cinco para Salvador.
Entre as vítimas na capital baiana está uma criança de dois anos, resgatada pelo Samu que tentou reanimá-la sem sucesso. A lancha Cavalo Marinho I saiu de Mar Grande com destino a Salvador por volta das 6h30, mas, durante a viagem, a embarcação naufragou e os passageiros submergiram. Informações oficiais dão conta de que 129 pessoas estavam no barco, que possui capacidade para 162.
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