Pescador mais antigo na cidade de Três Marias, Norberto Antônio dos Santos, de 69 anos, lamenta o baixo volume da represa batizada com o nome do município, formada pelo Rio São Francisco e seus tributários: “É preciso chuva para não chegar ao volume morto”.
Apesar disso, nas últimas semanas, o reservatório registra, diariamente, defluência (quantidade de água liberada pela barragem) em ritmo mais acelerado que afluência (quantidade que chega). Para se ter ideia, na última sexta-feira, esses indicadores foram de 276 metros por segundo e 41 metros por segundo, respectivamente. O principal motivo está no sertão da Bahia: Três Marias precisa liberar mais água do que recebe para evitar que a usina de Sobradinho, a léguas de distância, entre em colapso por causa da falta de chuva naquele semiárido. Por isso, o volume útil da represa mineira está em 20,6%.
Procurada para esclarecer quando a situação em Três Marias deverá retornar à normalidade, a Cemig informou que “a gestão da usina é compartilhada com o Operador Nacional do Sistema (ONS) e envolve outros reservatórios na bacia do São Francisco”. Por sua vez, o ONS comunicou que “é preciso esperar o próximo período úmido, que começa normalmente no fim de novembro e vai até abril, para se ter uma ideia de como ficará a situação do reservatório da usina”.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.