Na última quarta-feira, dia 16, o Blog Geraldo José postou matéria sobre a repercussão dos pronunciamentos dos vereadores Florêncio Galdino e Aníbal Araújo na sessão ordinária da Câmara Municipal na noite da terça-feira (15) questionando a posição da Comissão de Direitos Humanos (veja aqui) que geralmente se coloca contra os organismos de segurança pública. No pronunciamento Aníbal chegou a declarar: “Nunca vi um membro dos Conselhos Humanos em enterro de um policial. Tenho 15 anos de Polícia Civil e o que vejo são os Direitos Humanos defendendo bandido”.
Dia seguinte (17), o eixo de inclusão social da VIII Conferência Municipal de Saúde publicou uma nota de repúdio ao pronunciamento feito pelo vereador Aníbal Araújo (PTC).
“Esse discurso de ódio e repressão vai contra a Defesa dos Direitos Humanos, e consequentemente, a violação de direitos dos Grupos Historicamente vulneráveis como de mulheres, negros e negras, pessoas com deficiência, religiões de matrizes africanas, população LGBT, entre outros, que têm seus direitos civis, políticos e humanos violados. É inadmissível que situações como essa ocorram na casa do povo, principalmente por integrantes de instituições públicas que têm em sua função representar o povo, a sociedade e defender sobretudo seus direitos. As defesas desses direitos são violadas por posicionamentos como este, que inviabilizam e fragilizam os Direitos Humanos. Gostaríamos de informar a Vossa Excelência o nobre vereador Aníbal Araújo que os Direitos Humanos são inerentes a qualquer ser humano independente de sua raça, religião, classe social, identidade de gênero, orientação sexual – princípio da universalidade. Independentemente de estarem livres ou em privação de liberdade. Inclusive o referido vereador, se algum dia tiver seus direitos violados” expressava a nota.
Na sessão ordinária desta segunda-feira (21) os vereadores voltaram a tribuna da Casa Aprígio Duarte para reiterar a posição e negar que se colocaram contra a Comissão dos Direitos Humanos, mas sim a posição unilateral que a mesma tem exercido. Florêncio Galdino (PDT) chegou a desafiar a Comissão a incluir o seu nome na nota de repúdio, pois pensa da mesma forma que o colega Aníbal Araújo. Confira:
Visivelmente emocionado Aníbal Araújo pediu desculpas caso tenha sido mal interpretado, mas reiterou que nunca se colocou contra qualquer manifestação em defesa da raça, religião, classe social, identidade de gênero ou orientação sexual. “Nós só não comungamos com a parcialidade exercida pela Comissão dos Direitos Humanos”. Confira:
O vereador Aníbal Araújo passou mal durante o pronunciamento e coube ao colega Allan Jones a leitura de uma nota que reiterava a posição assumida durante a sua fala da tribuna.
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