Encontro visa definir ações preventivas para garantir continuidade do transporte de passageiros com um nível menor do Rio São Francisco.
A Prefeitura de Petrolina está convocando a Associação da Travessia das Barquinhas (ATB), que fazem o transporte de passageiros entre as cidades de Juazeiro da Bahia e Petrolina, Pernambuco, para discutir os impactos da redução da defluência da barragem de Sobradinho que, a partir do próximo dia 30, conforme autorização da Agência Nacional de Águas (ANA), será reduzida de 600m³/s para 550m³/s, com a possibilidade de registro de vazão instantânea de apenas 523m³/s. Um estudo da Agência Municipal do Meio Ambiente de Petrolina (AMMA), aponta que os barqueiros devem ter dificuldades para navegar entre as margens baiana e pernambucana do Rio São Francisco. Com um nível do espelho d'água mais baixo por causa da diminuição da vazão da barragem, a AMMA teme a paralisação do serviço de transporte interestadual.
Com o objetivo de discutir ações que vão garantir a continuidade das atividades das tradicionais 'barquinhas', um encontro foi marcado para esta sexta-feira (21), às 9h, na sede da Secretaria de Infraestrutura, Habitação e Mobilidade de Petrolina (SEINFRAHM). Devem participar do encontro, representantes da ATB, AMMA e SEINFRAHM, além de técnicos que atuam na região na área de dragagem, técnica em que se retira parte da areia do rio a fim de se aumentar a distância entre o fundo e o espelho d'água e que pode viabilizar melhores condições de navegabilidade.
De acordo com o Diretor de Projetos Ambientais da AMMA, Victor Flores, a proposta de se discutir ações preventivas sobre os impactos da redução da vazão da barragem de Sobradinho se deu por conta das dificuldades já registradas pelos barqueiros que fazem a travessia entre Juazeiro e Petrolina. "No dia a dia do projeto de revitalização do rio São Francisco que estamos realizando, nós presenciamos a dificuldade que algumas barcas têm tido em atracar em Petrolina. Outras até encalharam nos últimos meses e se nada for feito antecipadamente, o serviço corre o risco de ser interrompido a partir do começo do mês que vem, quando a vazão será reduzida. Isso traria inúmeros transtornos aos barqueiros e a população que se beneficia com o transporte fluvial. Por isso estamos nos reunindo para pensar em ações que evitem que o pior aconteça num momento de dificuldades", projeta Flores.
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