Com a intenção de efetuar uma gestão pública mais sustentável, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) passa a contar com um programa de descarte de pilhas e baterias portáteis consumidas na instituição. A iniciativa é do Departamento de Manutenção (Deman), vinculado à Prefeitura Universitária (PU), e da Diretoria de Desenvolvimento Institucional (DDI) da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Propladi). Para isso, conta com a parceria do “ABINEE Recebe Pilhas”, programa capitaneado por fabricantes e importadores de pilhas e baterias portáteis, que recolhe esses materiais e os transporta às empresas de origem.
As pilhas e baterias portáteis utilizadas na Univasf têm sido encaminhadas pelos setores ao Deman ou recolhidas pelo próprio Departamento, e reservadas até que haja as condições necessárias de encaminhamento desses materiais. Um primeiro lote já foi descartado, em maio deste ano, constituindo um total de 44 quilos, que vinha sendo acumulado desde o início de 2016. A próxima remessa ainda não tem data marcada de saída, uma vez que só poderá ser enviada quando o quantitativo recolhido atingir um limite mínimo de oito quilos.
O procedimento adotado pela Univasf atende à política de logística reversa, definida pela Lei Nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, como o conjunto de ações que buscam “viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”. A iniciativa também se alinha à Resolução CONAMA 401/2008, que estabelece normas para o gerenciamento adequado das pilhas e baterias.
De acordo com o diretor da DDI, Clóvis Ramos, essa iniciativa é importante por possibilitar um tratamento apropriado a esses resíduos. “Os constituintes das pilhas e baterias são metais pesados, que são os piores poluentes. Se o descarte for feito em lixão, por exemplo, irá contaminar o solo e os lençóis freáticos”, afirma Ramos. Por outro lado, com o retorno desses materiais à indústria, seu destino pode ser a reciclagem no próprio setor elétrico ou o reaproveitamento como pigmentos e corantes para processos industriais.
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