Seis propostas submetidas pela Embrapa Semiárido foram aprovadas nas chamadas 04/2016 e 05/2016 do Sistema Embrapa de Gestão (SEG). As novas pesquisas serão voltadas especialmente para a agricultura dependente de chuva, envolvendo culturas como o guandu e feijão caupi, a produção de palma, além de trabalhos com agroecologia.
Uma das propostas aprovadas é a “Seleção de novas estirpes de rizóbio para leguminosas de interesse econômico e ambiental para o Nordeste”, liderada pelo pesquisador Paulo Ivan Fernandes Junior. O trabalho, que irá compor o Portfólio “Fixação Biológica de Nitrogênio”, tem como objetivo dar continuidade à obtenção de tipos mais eficientes de rizóbio para a cultura do feijão-caupi e espécies arbóreas nativas. Essa bactéria é responsável pela fixação de nitrogênio no solo, o que diminui a necessidade aplicação desse nutriente.
Outro projeto selecionado é o de gestão do Arranjo “AGRICHUVA - Fortalecimento dos sistemas agrícolas familiares dependentes de chuva no semiárido brasileiro”, coordenado pela pesquisadora Diana Signor Deon. Sua finalidade é promover a integração, sistematização e divulgação das informações geradas nos projetos vinculados ao arranjo, que é liderado pela Embrapa Semiárido.
Dentro do mesmo arranjo, também foi aprovada a proposta “Seleção de nova população e avaliação de acesso de guandu para o Semiárido brasileiro”. Liderado pelo pesquisador Carlos Antônio Fernandes Santos, o projeto pretende promover a seleção de genótipos de guandu para produção de grãos e forragem em condições de baixa disponibilidade de água e altas temperaturas.
A proposta “Integração Pesquisa-Extensão-Escola-Comunidade: intercâmbio e construção de conhecimentos a partir da Rede das Escolas Família Agrícolas Integradas no Semiárido (REFAISA)”, com liderança da pesquisadora Paola Cortez Bianchini, irá compor o Arranjo “Rede CEFFAS – Redes de Pesquisa, Transferência de Tecnologia, Intercâmbio e Construção do Conhecimento em conjunto com CEFFAS do Brasil”. O projeto, que atende o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PLANAPO), terá como principal resultado apoiar a formação técnica realizada pelas Escolas Família Agrícola, valorizando o papel dos jovens como agentes de inovação na Agricultura Familiar.
Já o projeto “Metodologias participativas na pesquisa, ensino e extensão rural para potencializar a agroecologia como estratégia de convivência com o Semiárido – Fase I”, coordenado pela pesquisadora Maria Aldete Justiniano da Fonseca, fará parte do Arranjo “AGROECO-NE – Inovação agroecológica: construção e intercâmbio de conhecimentos com a agricultura familiar da região Nordeste do Brasil”. O projeto também é vinculado com o PLANAPO e tem como principais resultados o desenvolvimento e adaptação de metodologias participativas aplicadas à pesquisa e transferência de tecnologia em agroecologia e agrobiodiversidade, além de promover a integração entre agricultores, técnicos e pesquisadores.
No Arranjo “MAISFORAGE – Estratégias para garantir a segurança alimentar de rebanhos no ambiente semiárido”, foi selecionado o projeto liderado pelo pesquisador Gherman Garcia Leal de Araújo intitulado “Sistema de cultivo e estratégias de manejo de palma forrageira submetidas a diferentes práticas de irrigação complementar no Semiárido”. Embora a palma seja tolerante à deficiência de água, há regiões em que a sua produtividade está abaixo do seu potencial devido à pouca chuva. Nessas situações, a forrageira pode se beneficiar da aplicação de pequenos volumes de água. Este projeto pretende oferecer respostas para a adequação do manejo da cultura nestas condições, maximizando a sua produtividade nas regiões com baixa disponibilidade hídrica mesmo para uma cactácea.
Gestão de projetos – Os arranjos e portfólios são instrumentos de apoio gerencial utilizados pela Embrapa para a organização dos seus projetos de Pesquisa e Desenvolvimento, Transferência de Tecnologia, Comunicação e Desenvolvimento Institucional. Os portfólios se apresentam em uma ótica corporativa, com o objetivo de encontrar soluções para demandas nacionais, institucionais ou de governo. Já os arranjos são voltados para demandas regionais, de biomas ou de cadeias produtivos.
Todos os projetos que compõem os arranjos e portfólios são gerenciados através do Sistema Embrapa de Gestão (SEG), que promove uma visão sistêmica, integrada e transparente das ações da Empresa. O sistema dá suporte ao ciclo completo da gestão dos projetos de pesquisa que compõem a programação da Embrapa, o que inclui planejamento, execução, acompanhamento, avaliação, realimentação e liberação de recursos financeiros.
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