Nesse dia 05 de junho comemoramos mais um dia dedicado a reflexões e atos da sociedade que visem melhorar a nossa qualidade de vida em relação ao Meio Ambiente. Continuamos a desprezá-lo, incluindo aí, o ato deplorável e criticado por todos os grandes países do mundo, do Presidente dos Estados Unidos, que se retirou do acordo que previa uma sequência de atividades industriais, capazes de diminuir a emissão de CO2 para a atmosfera.
Nunca é demais repetir que Meio Ambiente é tudo que nos cerca, é o ar que respiramos, a água que bebemos, e que devem ser da melhor qualidade, o lixo que produzimos e seu acondicionamento no local correto, e todo um conjunto de ações que dizem respeito à cidadania e uma boa filosofia de vida.
Infelizmente, a realidade é totalmente diferente do que deveria ser. Costumo dizer que enquanto meia dúzia de pessoas buscam construir um ambiente adequado, uma dúzia buscar destruir o que foi feito. A sociedade atual, ou é vaidosa demais, não tem conhecimento do que deve ser feito para preservar o seu ambiente, ou, está acuada e com medo.
O mecanismo natural maior para que tenhamos um ar com boa qualidade, são as árvores, que formam as florestas, dão sombra que trocam calor principalmente em nossa região, protegem as nascentes de rios que nos dão água, evitam a erosão que os assoreia, e sequestram o nocivo CO2 liberando o tão necessário Oxigênio para a sobrevivência humana. Apesar de todo este qualitativo atribuído a uma árvore, tem muita gente que as despreza, não reconhecendo o seu real valor. Metade da constituição de uma árvore é de Carbono.
Vejamos um caso recente: no último dia 31, à noite, um marginal em fuga da polícia, refugiou-se numa árvore aqui na minha rua, sendo depois descoberto e preso. Um fato inusitado que causou muita surpresa e apreensão, porém, foi um caso esporádico. Não é todo dia que um lance como aquele acontece. Pois bem, hoje ao acordar, fui surpreendido com a informação do corte pela raiz, de pelo menos três delas, como se as mesmas fossem culpadas pelos fatos ocorridos, ou seja, as pessoas estão com medo de que outro “raio venha a cair no mesmo lugar”.
Isso ocorre numa cidade sem Plano Diretor Urbano onde as coisas são auto propelidas, com um Governo pouco comprometido em arborizar e realmente urbanizar a cidade, e que por isso, todo cidadão se julga no direito de fazer o que quiser no espaço público, que é a rua.
Até quando as árvores serão as culpadas?
Manoel Delmir Pereira dos Santos - Futuro Engenheiro Agrônomo pela UNEB.
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