A educação contextualizada para a convivência com o Semiárido é uma prática que diversas instituições brasileiras têm buscado exercer e inclui desde a formação de professores à aplicação de tecnologias sociais e materiais didáticos adaptados nas escolas. Muitas dessas experiências serão compartilhadas no encontro “Semiárido e Educação: ontem, hoje e perspectivas”, que será realizado nos dias 12 e 13 de junho, no Complexo Multieventos da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), localizado no Campus Juazeiro (BA).
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas através de formulário online. O evento é organizado pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e pelo Ministério da Educação (MEC), em parceria com a Univasf, a Rede de Educação do Semiárido Brasileiro (Resab), o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e a Universidade do Estado da Bahia (Uneb).
A programação terá início na manhã do dia 12, com a mesa de abertura, conferências e apresentação cultural. À tarde, serão formados os eixos de discussão, em que os participantes debaterão suas experiências com o tema do evento. Ao todo, serão cinco eixos: “Tecnologias sociais apropriadas ao Semiárido”, “Educação contextualizada para a convivência com o Semiárido no ensino”, “Educação Contextualizada como política pública”, “Formação de professores em educação contextualizada”, “Materiais didáticos e paradidáticos em educação contextualizada”.
A pró-reitora de Extensão Lucia Marisy será uma das representantes da Univasf no encontro. Ela irá compor o eixo “Educação contextualizada para a convivência com o Semiárido no ensino”, no qual contará a experiência da Universidade com o curso de Especialização em Educação do Campo. As aulas tiveram início em 2016 e acontecem no Espaço Plural, em Juazeiro. Esta é a segunda vez que a Univasf promove o curso, desta vez realizado em parceria com o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).
De acordo com a pró-reitora, a formação dos professores promovida pela Univasf busca valorizar as realidades e os saberes dos locais onde esses profissionais atuam. “O programa de educação voltado para o campo tem que contemplar as ações do Semiárido, porque é aqui que as escolas estão. É esse conteúdo que os professores desconhecem e que a gente precisa permitir que eles se apropriem e possam trabalhar melhor com essas questões”, afirma Lucia Marisy.
Os eixos temáticos se reunirão novamente no segundo dia do evento (13) e encaminharão propostas de ação, que serão sistematizadas e apresentadas em plenário. O encerramento do encontro também prevê a formulação de um Programa de Ações para Educação no Semiárido Brasileiro, documento que reunirá proposições de políticas públicas e deve ser entregue ao Ministério da Educação.
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