Não é mais possível esconder que o País vive grave e intensa crise nos aspectos político, econômico, social, institucional e moral: O seu sistema político de origem ideológica capitalista faliu – pois, a sua cultura das práticas pessoais partidárias para disputar eleição e formar, maioria para garantir a chamada governabilidade, veio contrariando as leis, atropelando e driblando-as; vivemos altos índices de desemprego, queda do consumo humano, desvalorização da arrecadação pública, quebra da produção de bens, coisas típicas do sistema capitalista que afeta ao mundo, quase por inteiro; as condições sociais desse povo pioraram e os problemas do conjunto da sociedade se agravaram; As nossas importantíssimas instituições caíram em descrédito de forma tanto quanto generalizad a; é muito grande a quantidade de pessoas ocupantes de cargos públicos condenadas, investigadas, sob suspeita, envolvidas em denúncias de gravidade muito elevadas.
Os esquemas de desvio de dinheiro público, a chamada “roubalheira”, mesmo depois da instauração da “Operação Lava-Lato” teve continuidade com comprovação dos fatos que envolvem pessoas ocupantes de altistíssimos cargos das mais expressivas instituições republicanas e alguns dos seus respectivos parentes. Há quem diga que a falência do atual sistema político está muito evidente, que uma cultura favorável à corrupção secular/milenar não se consertará ou melhorará em menos de três a quatro décadas do seu enfrentamento com plena seriedade.
Ofensiva Social – As propostas de “Reforma Trabalhista” e Previdenciária”, a “PEC de Controle de Investimento Público”, mostram a face elitista, classista, empresarial e perversa do governo do presidente Michel Temer. Cortar direitos trabalhistas, criar dificuldade para a aposentadoria de trabalhador é de uma maldade inconteste. Não mexer nos exorbitantes salários, “privilegiados”, nas férias de sessenta dias e nos recessos de um mês e meio é ser generoso como as parcelas mais abastadas da classe política e do Poder Judiciário, o que já parece com corrupção. O uso de força armada oficial para reprimir a insatisfação popular na rua por parte do Governo Federal e a tentativo de incendiar a sede de um partido político em Curitiba mostram auto culpabilidade, o chamado “estado de sítio&rdqu o;, o ódio na política e a incapacidade de conviver com o oposto. Isso, felizmente, não é do espírito democrático.
Reação Popular – A população tem demonstrado forte atenção às convocações para ir à rua e protestar. Seja quando foi manifestações de direita (elitizada) com apoio da grande mídia contra a Ex-presidenta Dilma, seja as de esquerda em apoio a Dilma e a Lula e contra o presidente “ilegítimo” Michel Temer, convocadas pelos movimentos sociais e as centrais sindicais. Na última manifestação popular de 25 de maio contra as reformas trabalhista, previdenciária, pelo “Fora Temer” e por “Diretas Já”, teve em Brasília, uma participação enorme da sociedade do país inteiro, houveram incidentes com violências de pessoas infiltradas e até de policiais.
“Guerra” de Formação de Opinião – Parlamentares e internautas ligados a ideologia dos manifestantes e as centrais sindicais, elogiaram o evento, criticaram o governo pela convocação ilegal do Exército e as violências policiais. Assim como parlamentares e internautas da ideologia dos patrões e do governo Temer e sua mídia aliada, criticou o protesto, o avaliaram apenas do jeito deles, tentando desqualificar a força e o valor histórico dos Movimentos Sociais. As redes sociais, blogs, etc., viraram importantes e poderosos espaços de debate político, discussão ideológica e formação de opinião com claro prejuízo para as autoridades delituosas, a visão conservadora e um ganho para o processo democrático e de desenvolvimentos social sustentável.
As principais mudanças necessárias à melhora significativa do referido sistema político falido, dependem muito das duas Casas Legislativas do Congresso Nacional – Câmara dos Deputados Federais e Senado da República, compostas em enorme maioria por quem foram eleitos com os “facilitadores” da referida cultura onde quem mais tem dinheiro tem maior chance de ser eleito!... Sem querer com isso denunciar às pessoas simples, que formatadas pelo sistema político vicioso, acham certo e importante vender o seu voto. Se cada pessoa der a sua contribuição necessária para mudar esse quadro preocupante, a melhora e até o conserto do famigerado s istema poderá demorar menos tempo que o previsto por quem ousou fazer estimativa!
Laurenço Aguiar – Cidadão de Sento-Sé/BA.
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