Esta semana, o governo de Pernambuco divulgou dados sobre a doação de órgãos no Brasil, com destaque para estado como sendo um dos que realiza o maior número de transplantes no país, com 553 já executados este ano. Nesse ranking, Petrolina também aparece em destaque na captação de órgãos, com 47 doados entre janeiro e março de 2017.
Nos primeiros dois meses do ano, a capital do sertão já havia sido destaque na imprensa do estado por ser responsável pela captação de 60% dos corações transplantados no bimestre em Pernambuco. Nessa mesma reportagem, Petrolina aparece como a cidade que captou 44% dos fígados (8, de um total de 18) e 39% dos rins (18, de um total de 46).
O sucesso nas doações é fruto de um trabalho de parceria da Organização de Procura de Órgãos do Hospital Dom Malan (HDM/IMIP) com a Força Aérea Brasileira (FAB) e Central de Transplantes de Pernambuco, que conta com a solidariedade e sensibilização das famílias.
"Ficamos felizes com esses resultados, pois ele é fruto de um trabalho muito sério e que envolve muita gente. Mas, tudo isso não funcionaria sem o apoio das famílias. Para isso, nós temos muito cuidado ao tratar com eles, principalmente na hora de dar a notícia do falecimento do paciente que está por vir. Explicamos detalhadamente todo o processo de doação e a importância desse ato de solidariedade para as pessoas que estão na fila de espera de transplante. Tiramos todas as dúvidas e deixamos a família muito à vontade para que tenha a autonomia necessária para decidir favorável à doação", explica o coordenador médico da OPO, Pedro Carvalho.
Sobre a OPO
Apesar de ter sua sede administrativa na unidade materno/infantil, a OPO Dom Malan faz a procura por potenciais doadores em diversas unidades de saúde de Petrolina, tendo o Hospital Universitário da Univasf como principal centro de doação, por conta do seu perfil de atendimento. Todos os órgãos captados são encaminhados para o Recife e ofertados para quem está na vez na fila de espera.
Dados
Durante todo o ano de 2016, a OPO de Petrolina diagnosticou 113 potenciais doadores de órgãos. Desses, 55 efetivaram a doação (48,6%). O percentual é maior do que a média do Estado que, no mesmo período, tinha 508 potenciais doadores e, desses, 140 realmente fizeram a doação (27%).
Os 55 doadores foram responsáveis pela doação de 162 órgãos e tecidos, sendo 96 rins, 42 fígados, 22 corações e 2 pâncreas. Em 2015, foram 45 doadores (ampliação de 22%) e 139 órgãos e tecidos (crescimento de 16%).
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