Antes mesmo da divulgação do áudio da conversa entre o presidente Michel Temer (PMDB) e o empresário Joesley Batista, o deputado federal Roberto Freire decidiu abandonar o Ministério da Cultura (MinC). De lá para cá, o governo tem conseguido manter seus principais apoios, mas Freire não demonstra nenhum arrependimento da decisão. "Perdeu-se totalmente a governabilidade. Não dá. Agora, é preciso se arrumar uma solução, construirmos a transição", declarou o ex-ministro, segundo informações da coluna Radar Online, da Veja. Assim como Freire, o PPS abandonou a base aliada de Temer, mas o ministro da Defesa Raul Jungmann (PPS-PE) resolveu permanecer. No caso de Freire, mesmo que se recuse a endossar o pedido de renúncia do presidente, ele acredita que esse pode ser um processo natural. "Não se diz a ninguém que deve-se renunciar. Isso é uma decisão dele. Possivelmente, outros ministros farão o mesmo que eu e isso virá a ocorrer, não há como saber", opina o ex-ministro. De volta à Câmara, ele não possui muita confiança na oposição para que se recupere a credibilidade do país. Interinamente, o MinC está sob gestão do secretário-executivo da pasta, João Batista de Andrade.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.