No passado a gente costumava ouvir a expressão “ladrão de galinha”, que era um pejorativo para aqueles meliantes que faziam pequenos furtos, alguns deles, inclusive, nem sabiam roubar direito, porque, às vezes, iam roubar as bichinhas, e elas se espantavam, e faziam aquele cocoricó danado a todos assustando. Aí vinha o dono, e evitava ter o seu poleiro subtraído...
Infeliz daquele que fosse pego, porque tinha de pronto a cabeça raspada na máquina zero e, ao contrário de ficarem presos, eram liberados para voltar à rua a fim de que todos vissem e o distinguisse como alguém fora da lei. Mas, acho que antes disso, tinha uma sessão de bate-papo descontraído com a autoridade de plantão que lhes dava uns “conselhos” com palmatórias bem feitas nas marcenarias daquele tempo... Assim era a vida!
Agora vamos aos fatos atuais?
Os caras, salvo alguns poucos, usam aquele ambiente caríssimo mantido pelo Povo, que ali foram colocados para defender nossos direitos, sabe para quê? Para ganhar dinheiro. Precisa dizer as formas? Venda de si mesmo! A pior de todas as atitudes que um ser humano pode ter... Está espantado? Não fique não, porque todos os dias é isso que se ver, é disso que se sabe, é com isso que parece temos que aprender a conviver. Quantas cabeças já foram raspadas? Nenhuma... Qual a resposta deles? Não sabem, não viram, foi tudo prestado conta, e se duvidar ainda processam quem deles contradizer, ou seja, temos que ficar calados para não atentar contra a “honra” deles...
Seguem mais exemplos:
Estava a observar as atitudes dos meliantes atuais acobertados com uma brecha da Lei, onde são beneficiados com perdão de milhões de reais e até da prisão, caso abram o bico. E é exatamente aí onde entra o ELES CONTRA ELES MESMOS...!!! É aí onde a gente toma conhecimento para onde está indo o nosso dinheiro, que metem a mão sem dó nem piedade em nossos modestos salários para bancar essa farra escória desses que colocamos lá, acreditando nas suas mentiras apregoadas de quatro em quatro anos. Falam deles mesmos, na maior naturalidade, dizem quanto receberam, quanto repartiram, onde e como levaram as malas abarrotadas de dinheiro, no maior cinismo e falta de respeito com quem se acaba de trabalhar, faça chuva ou faça sol...
E falam mais: falam de valores em dinheiro vivo que ficamos daqui boquiabertos, quando do lado de cá, nós simples mortais para fazer um simples saque para pagar a folha de pessoal não podemos esquecer de fazer uma tal de previsão, senão, aquelas Casas onde guardamos nosso dinheiro honestamente, não atendem nossas necessidades. Sem falar que toda essa movimentação nos valores que tomamos conhecimento, o destinatário não paga nenhum centavo de imposto, ficando para os barnabés a conta do rombo dessas operações sujas pela lama da corrupção, ontem uma turma unida, hoje inimiga... Entregando-se mutuamente uns aos outros.
Não precisa exemplificar nem detalhar, porque vocês que acompanham os principais noticiários sobre essa lama que aí está, sabem muito bem como funciona a tal da “entrega” dos podres deles, que juridicamente tem outro nome.
Voltando aos ladrões de galinha é aí onde está a grande diferença, porque, atualmente, o bandido bem apessoado, milionário com o nosso suor, entrega todos os comparsas, diz que roubou e que doou dinheiro roubado, cita nomes, sobrenomes e valores ilícitos, assina um Termo bem autenticado, testemunhado e reconhecido, em seguida toma um voo de primeira classe e, de dentro do avião, faz aquele gesto visto no final daquela novela chamada Vale Tudo, que muitos devem lembrar...
Ah, lembrei algo que li esses dias: “os caras recebendo mala de dinheiro, e a gente tendo que dar dinheiro para despachar nossa mala quando precisamos viajar”. Que tal?
Dica de vida: “Só a vergonha nos libertará”.
Acord@dinho – Apaixonado por Juazeiro e leitor assíduo do blog.
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