O trabalhador de Petrolina-PE e Juazeiro-BA deve estar sentindo no bolso os valores elevados do preço de alguns produtos alimentícios, como o tomate e a margarina, que no mês de abril chegaram a ter uma alta de 12,8% e 8,45%, respectivamente. Esses dados foram verificados nas pesquisas realizadas pelo colegiado de Economia da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape), no Índice da Cesta Básica (ICB).
O aumento do preço do tomate se deu em virtude do fim da colheita da safra de verão, havendo uma redução da oferta. Mesmo com o preço elevado, a pesquisa constatou que o percentual em abril foi menor do que o obtido em março. Além da margarina e do tomate, o café continua com tendência de alta no varejo, apesar de apresentar preços menores ao produtor. Arroz, feijão, carne e açúcar apresentam reduções menores, reflexo de aumento de oferta e baixa demanda por parte dos consumidores.
Segundo informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), em todas as capitais estudadas o custo da cesta básica subiu em abril. A maior alta anual ocorreu em Porto Alegre/RS (6,17%) e a menor em São Luiz/MA (0,35%). A cesta mais cara foi a de Porto Alegre/RS (R$ 464,19) e Rio Branco/AC, teve a cesta mais barata (R$ 333,18). Em Juazeiro/BA, o custo no mês de abril foi de R$ 315,80 e em Petrolina/PE, de R$ 327,55.
Assim, um trabalhador do Vale do São Francisco que recebeu um salário mínimo de R$ 937,00, gastou 34,3% da renda com a compra de produtos da cesta básica. Isto significa que após a aquisição da cesta básica de alimentos, restaram R$615,32 para gastar com as demais despesas (moradia, transporte, vestuário, saúde e higiene e serviços pessoais).
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