Existe uma trindade que é Santíssima e todos sabem. Existe também, atualmente, um trio que muitos talvez ainda não o conheçam e dele não se pode escapar: a mãe, o filho, e a internet...
Conheço os mais variados casos de mães apaixonadas. Tem aquela que chorava todas as noites quando o filho foi estudar em São Paulo e todas as manhãs sentia vontade de passar uma mensagem via rádio para o próximo Porto que o Vapor passaria, mandando-o voltar; tem outra que, mesmo com os recursos da internet e se comunicando todos os dias com sua filha que passou dois meses num intercâmbio na Inglaterra, só faltou endoidar... E tem aquela que só consegue dormir quando a filha chega da Faculdade, que fica logo ali do outro lado e não passa das 22.15h, seu horário de chegada habitual em sua casa...
As mães, certamente, são todas iguais. O coração é derretido, as emoções são infinitas, suas lágrimas não tem fim...
Ainda me lembro bem daquela senhora que naqueles idos passados via nascer e não tinha a alegria de ver sua cria viver... Depois de algum tempo e ainda dentro dos limites da medicina da época, veio a ter o prazer de embalar seus pequeninos...
Passado o tempo, viu essa mãe um dos seus filhos queridos partir para sempre, agora ver outro ir ao encontro da felicidade muito longe do seu olhar, quando recentemente se despediram, às 03:00h da madrugada, para ele pegar um daqueles voos que daqui partem todas as manhãs levando alguns passageiros que deixam saudades, e levam esperanças e sonhos...!!!
As histórias da internet são milhares. De tudo tem um pouco, e assim convivemos agora com essa maneira de viver da qual não podemos fugir nem desconhecer... Está o filho na internet e de repetente lá do outro lado, bem longe surge uma amizade, depois transformada em algo mais, e depois lá vai o filho embora...
E novamente volto àquela sábia mãe, quando disse que filho é pra sentir a lacuna de mãe, e não mãe se despedir de seu filho. Aquela senhora, diga-se de passagem, teve felicidade posteriormente. Naquele tempo que ainda não existia internet, e poucos recursos de comunicação salvo carta ou telegrama se é que aqui já existia, viu seu filho voltar bem formado e preparado para toda a vida lhe dá alegrias até o fim dos seus dias...
Ao filho que deixou sua mãe com o peito partido no alto de seus 85 anos, que quase todos os dias tem se comunicado através dos recursos da internet, seja por vídeo, whatsapp, ou uma forma qualquer da modernidade, a ele sua benção será igual ou maior aos que ficaram com ela... Porque Mãe é assim mesmo!
Certo estava Kalil Gibran que anteviu num passado remoto uma verdade hoje constatada: “teus filhos não são teus filhos são filhos e filhas da vida. Vem através de ti, mas não de ti é... Embora estejam contigo a ti não te pertencem. Pode dar-lhes amor, mas não teus pensamentos, pois que eles têm seus pensamentos próprios... Pode abrigar seu corpo, mas não suas almas, pois suas almas residem na casa do amanhã...”
Dica de vida: “Quando não compreendemos a dor, ela nos dilacera. Quando entendemos sua finalidade, ela nos aperfeiçoa”.
Homenagem ao Dia das Mães – Próximo Domingo 14/05.
Acord@dinho – Apaixonado por Juazeiro e leitor assíduo do blog.
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