Os investimentos do Governo do Estado para a redução do desemprego na Bahia já apresentam resultados positivos no primeiro trimestre de 2017. De janeiro a março deste ano, a administração estadual inseriu 4,6 mil trabalhadores no mercado de trabalho por meio do Sinebahia, 39% a mais do que foi registrado no mesmo período de 2016. De acordo com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), cerca de nove mil candidatos foram encaminhados para processos seletivos em empresas cadastradas no sistema, 2,2 mil a menos do que no ano passado.
Para o superintendente do Trabalho da Setre, Alexandre Reis, a melhora da inserção no mercado profissional é resultado de um conjunto de estratégias dedicadas ao candidato, promovidas pelo serviço de intermediação de mão-de-obra. Fluxo de informação mais eficiente, capacitação e reforço da captação de vagas junto a empresas parceiras são algumas das ações.
“O Sinebahia tem feito uma ação importante de informar o trabalhador de que as nossas unidades têm as condições de recebê-los e de fazer o encaminhamento. Ofertamos orientações e capacitação para os candidatos, além de fazermos um trabalho de convencimento e de articulação com as empresas, oferecendo o espaço para o recrutamento e seleção do profissional”, afirma Reis.
O Serviço de Intermediação para o Trabalho do SineBahia é um serviço gratuito destinado aos trabalhadores que buscam a inserção ou retorno ao mercado formal de trabalho. Presente em 109 municípios em todo o estado baiano, possui 125 unidades, sendo 3 unidades modelo, 31 unidades SAC, 25 unidades Ponto Cidadão, 19 unidades de Documentação, 46 unidades SineBahia em parceria com as prefeituras e 1 unidade móvel para atendimento itinerante.
A qualificação profissional é um fator decisivo para a melhoria do nível dos candidatos. Por meio da Setre, programas como o Qualifica Bahia e o Trilha oferecem cursos profissionalizantes para quem deseja conquistar uma vaga de emprego. Criado em 2012, o Qualifica Bahia já atendeu cerca de 15 mil trabalhadores até 2016, com cursos de 240 horas em categorias como alimentos, têxtil, beleza e estética, construção civil, entre outras.
O Trilha tem como público-alvo jovens com faixa-etária entre 16 e 29 anos. Os cursos são mais extensos, com 400 horas. Os requisitos dependem da capacitação escolhida pelo pretendente. São ao todo, 100 cursos divididos em dezoito categorias, que já formaram 12 mil jovens, de 2007, quando o programa foi criado, até este ano. Anualmente, o Governo do Estado investe em torno de R$ 6 milhões nos dois programas, sendo R$ 4 milhões para o Qualifica Bahia e R$ 2 milhões para o Trilha.
Educação profissional
Até o momento, a educação profissional conta com 83.206 matrículas ativas na Bahia. A quantidade supera os números de 2016, quando no segundo semestres foram contabilizadas 71 mil. De acordo com o superintendente de Educação Profissional e Tecnológica da Secretaria de Educação, Durval Libânio, a procura por conhecimentos técnicos tem crescido nos últimos anos. “Fazemos qualificação e pesquisas para que a pessoa qualificada em uma área consiga disputar vagas de emprego. Os cursos técnicos e profissionalizantes integrados ao ensino médio atraem mais os estudantes, pois eles já saem com conhecimentos específicos das áreas que desejam atuar. Além disso, já se percebe que estes alunos apresentam melhores resultados em processos seletivos como o Enem”, explica Libânio.
No Centro Estadual de Educação Profissional Carlos Corrêa de Menezes Santana, localizado no Nordeste de Amaralina, em Salvador, mil e quinhentos alunos cursam o ensino fundamental juntamente com o curso profissionalizante nas áreas de informática ou enfermagem, oportunidade para chegar ao mercado de trabalho melhor preparados. “Sairemos daqui com vantagem competitiva. Aqui aprendemos parte técnica com disciplinas práticas e teóricas, o que dá uma visão boa da área. Tudo o que aprendemos aqui vamos ser capazes de apresentar no mercado de trabalho”, afirma a estudante Claudia Cerqueira.
Os cursos acontecem em 34 Centros Territoriais de Educação Profissional, 38 Centros Estaduais de Educação Profissional, 21 Anexos dos Centros e em 76 Escolas de Nível Médio com Educação Profissional. Atualmente estão sendo ofertados 73 cursos, destes 06 são de qualificação e 67 cursos técnicos, distribuídos em 12 Eixos Tecnológicos. No total eles são ofertados em 91 municípios, distribuídos entre os 27 Territórios de Identidade do Estado da Bahia.
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