Foto: João Batista /Camara dos Deputados
Às vésperas de mais uma semana com votações importantes no Congresso – como a do projeto que cria o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) – e trabalhando no convencimento de parlamentares para conseguir aprovar a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer (PMDB) deixou o Palácio do Jaburu no início da tarde deste domingo (9) e reuniu-se com aliados na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Também participaram do encontro os ministros Raul Jungmann (Defesa), Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Mendonça Filho (Educação). O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), e o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, também estiveram na reunião. Temer tem buscado apoio da base para que os partidos fechem questão em relação à reforma da Previdência. O PPS, por exemplo, que tem duas pastas – Defesa, com Jungmann, e Cultura, com Roberto Freire –, mostrou infidelidade na votação do projeto de terceirização na Câmara, ao lado do próprio PMDB, do PSDB e de outros aliados. Temer, segundo interlocutores, tem se mostrado "obstinado" pela aprovação da reforma da Previdência.
De acordo com o Placar da Previdência, levantamento realizado pelo Grupo Estado com deputados a respeito de reforma que tramita na Câmara, o número de parlamentares contrários à proposta continua em 272, enquanto o dos que são a favor subiu para 99. Às 15h30 deste domingo, havia 35 indecisos; 61 não quiseram responder; 44 não foram encontrados, e um disse que deve se abster. Além dos debates em torno da reforma da Previdência, o governo também tem pela frente na Câmara esta semana a votação do texto do projeto que prevê auxílio financeiro para os Estados com dificuldade financeira. A matéria seria apreciada na semana passada, mas diante da possibilidade de o texto não ser aprovado a votação foi transferida para esta semana. Este é o segundo projeto sobre o tema, pois o primeiro foi vetado pelo presidente Michel Temer em razão de o parlamento ter retirado as contrapartidas exigidas pelo governo. Temendo uma possível derrota, na última quarta-feira (5), segundo fontes do Planalto, Maia foi conversar com Temer e depois anunciou a decisão de adiar a votação do texto-base do projeto. Os parlamentares já estavam discutindo a proposta em plenário por cinco horas.
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