ASSESSORA DA SESAU ADMITE QUE UNIDADES DO PROGRAMA FARMÁCIA POPULAR PODEM SER EXTINTAS

O Ministério da Saúde irá fechar as unidades próprias do programa Farmácia Popular, que distribui medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto no país. A decisão, que já estava em estudo nos últimos meses, foi tomada, após reunião com representantes do ministério e de secretários estaduais e municipais de saúde. Mesmo não tendo recebido ainda nada oficialmente por parte do Ministério da Saúde a informação foi confirmada pela Assessora de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde Ianni de Almeida, na tarde desta quarta-feira (05), no programa Geraldo José (Transrio FM/Juazeiro AM).

Ao todo, 393 unidades do programa, que eram custeadas pela União, deixarão de receber verbas federais a partir de maio e podem ser fechadas. Prefeituras, no entanto, podem optar por manter as unidades, desde que com recursos próprios. O Farmácia Popular foi criado em 2004, na gestão do então presidente Luís Inácio Lula da Silva. Dois anos depois, foi criado o Aqui tem Farmácia Popular, braço do programa em farmácias privadas -hoje são 34.583 farmácias credenciadas, distribuídas em 4.487 municípios.

A medida, encerra o funcionamento apenas das unidades próprias do programa -a oferta de descontos e medicamentos gratuitos nas farmácias do Aqui Tem Farmácia Popular continua mantido. Segundo o Ministério da Saúde, com o fim do repasse para custeio das unidades próprias, a verba do Farmácia Popular, equivalente a cerca de R$ 100 milhões, passará a ser destinada aos municípios para compra de medicamentos.

Juazeiro dispõe de duas unidades de Farmácia Popular, uma instalada no bairro Itaberaba e a outra no Camelódromo 2 de Julho. “Se o governo confirmar o repasse com reajuste para os municípios a população continuará sendo contemplada, pois o custeio das unidades sempre foi mantido pelos municípios” acrescentou Ianni de Almeida. Segundo o Ministério da Saúde, com o remanejamento dos repasses que antes eram destinados ao programa, o valor encaminhado para a atenção básica passando de R$ 5,10 por habitante para R$ 5,58.