Com perdas salariais que, segundo o Dieese, chegam a 17,63% desde 2013, se calculadas pelo IPCA-IBGE, ou 18,41%, se o índice considerado for o INPC-IBGE, os fazendários do Estado paralisam atividades nesta quinta, dia 06 de abril, por 24 horas, inclusive nos SACs. Nos postos fiscais, o movimento será das 08h desta quinta até 08h de sexta (07).
A categoria se junta a outros segmentos dos servidores estaduais que também definiram pelo movimento paredista. Segundo a Fetrab (Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia) estarão parados os setores de Saúde (médicos, enfermeiros, técnicos etc), Justiça (varas e cartórios), Fazenda, Detran (pessoal não terceirizado), Fundac, IPAC e os técnicos de nível superior das secretarias e órgãos do Estado.
Os fazendários, que vêm usando o lema “Contra o Arrocho TAMANHO G” como mote da paralisação, reclamam que o governo impõe uma perda salarial que começa a interferir nos compromissos financeiros de cada servidor. Segundo o Dieese, em 1º de janeiro de 2017 os salários no Estado estavam em 85,01% do poder aquisitivo de 1º de janeiro de 2013 (pelo IPCA-IBGE) e 84,46% (pelo INPC-IBGE). “Quando essa perda é somada ao final de um ano, o montante faz falta a qualquer trabalhador, ganhe ele mais ou menos”, diz Claudio Meirelles, Diretor de Organização do Sindsefaz.
Cláudio diz que não é só a questão do reajuste salarial que incomoda os fazendários. Segundo ele, há problemas específicos na Secretaria da Fazenda que vêm sendo tratados com descaso pelo secretário Manoel Vitório. O Sindsefaz vem reivindicando o retorno diárias do Trânsito de Mercadorias e a correção do auxílio-transporte, a aquisição de sistemas de fiscalização, melhoria das condições ambientais no trabalho, em especial nos postos fiscais, convocação de concurso público para Auditor Fiscal e Agente de Tributos e m elhoria da gratificação dos técnicos administrativos, muitos hoje recebendo salário-base abaixo do mínimo.
Meirelles diz que além de paralisar atividades, os fazendários participarão da caminhada que vai acontecer nesta quinta, a partir das 9h, com saída do antigo Bahia Café Hall. O protesto se encerra na Governadoria, onde os servidores vão reivindicar audiência com o governador Rui Costa (PT), com abertura imediata de negociações.
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