As ações de combate ao incêndio que atinge a Serra Santa Cruz, próximo às margens da Barragem de Pindobaçu, em Saúde, no centro norte da Bahia, continuam. Dezoito bombeiros militares e 20 brigadistas atuam no local, com o suporte logístico de três aviões Airtractors e um helicóptero, equipados com lançamentos de água de bambi bucket (bolsa que carrega água), além de duas vans e quatro pickups. Em uma das áreas atingidas, na Fazenda Misteriosa, o fogo está controlado.
Neste ano, o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), já investiu R$ 4,5 milhões no combate aos incêndios em território baiano. O comitê do Bahia Sem Fogo, com atuação do secretário do Meio Ambiente, Geraldo Reis, da diretora do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Márcia Telles, e do comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Francisco Telles, monitora as ações dos coordenadores de área, garantindo o suporte necessário à agilidade logística, fiscalização e combate aos incêndios.
De janero a março, o município de Saúde registrou quatro focos de incêndio, com três deles já controlados. O quarto foco, que persiste na Serra Santa Cruz, se expandiu devido à vegetação seca e ao terreno acidentado, o que dificulta o combate terrestre. O incêndio começou no dia 5 de março e ainda não foi possível identificar a extensão da área afetada ou a causa do incêndio. O Bahia Sem Fogo convoca os brigadistas, que possam ajudar, a se deslocarem até a Barragem de Pindobaçu.
Ações criminosas
Segundo o coordenador da Unidade Regional Piemonte da Diamantina, Diogo Rios Amaral, a maioria dos incêndios na região é de ação criminosa, relacionados aos desmatamentos ilegais ou limpeza de pastos, onde o fogo é utilizado como agente de limpeza. "Mesmo que os responsáveis não tenham a intenção de queimar grandes áreas, não é possível controlar o fogo, que alcança áreas de matas e ganha grandes proporções. Nos últimos 15 dias, já aplicamos 20 autos de infração, além de notificações. Em todos os casos, os responsáveis pelos incêndios foram identificados e punidos", afirma Rios.
No momento, quatro equipes do Inema atuam na fiscalização das áreas de incêndio. Com base nos dados levantados no monitoramento aéreo, a equipe identifica os responsáveis e aplica as sanções previstas em lei. As equipes atuam também na articulação e inclusão social, realizam visitas e reuniões com os gestores municipais, associações e sindicatos rurais, além de entrevistas aos meios de comunicação para garantir ações de mobilização e educação ambiental.
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