Lembrando o Dia Mundial do Rim, nefrologista da UPAE/IMIP de Petrolina alerta sobre as doenças mais comuns na região

10 de Mar / 2017 às 09h30 | Variadas

Este ano, a Sociedade Brasileira de Nefrologia traz para o centro do debate no Dia Mundial do Rim (09 de março) o tema“Doença Renal e Obesidade – Estilo de vida saudável para rins saudáveis”. A iniciativa tem como objetivo alertar a população sobre o novo perfil de pacientes renais, que, segundo a nefrologista Maria Emília Duarte da UPAE/IMP de Petrolina, se caracteriza por ser formado, na sua grande maioria, por pessoas obesas, diabéticas e hipertensas.

A título de informação, a especialista acredita que antes é preciso ressaltar que o rim pode ser atingido por doenças de origem imunológica, inflamatória, infecciosa, neoplástica, degenerativa, congênita e hereditária. Sendo os principais fatores de risco:hipertensão (pressão alta), diabetes, idade acima de 60 anos, história de doença renal na família e a presença de doença cardíaca ou cardiovascular.

O perfil dos pacientes vem mudando. Com exceção das doenças próprias do rim, como a Glomerulonefrite, que compromete a funcionalidade do rim, e as Nefrocalcinoses, que é um distúrbio onde há excessivo depósito de cálcio nos rins e uma ineficiência do órgão em inibir a formação do cálculo, hoje em dia o que mais compromete a saúde renal são a hipertensão e o diabetes tipo 2. "Então, a maioria das pessoas que chegam a fazer a diálise e hemodiálise apresentam essas doenças crônicas e o comprometimento renal como consequência de tais comorbidades”, esclarece a médica.

 Em relação à Petrolina e região, a nefrologista destaca que o número maior de casos é de cálculo renal (popularmente chamado de pedra nos rins) e nefrocalcinoses, que leva 100% dos pacientes para a hemodiálise. “O cálculo renal já é bastante conhecido da população e existem outras doenças que podem atingir famílias inteiras, desde crianças muito novinhas com menos de um ano, pois são hereditárias”, explica. Outras enfermidades comuns são as infecções urinárias, os tumores renais e a insuficiência renal.

Como prevenção, a população deve aumentar o consumo de água, manter uma alimentação saudável, com a redução do consumo de carboidratos, açúcares e sal, além de manter na rotina a prática de atividade física.

É preciso estar atento também aos primeiros sinais das doenças renais e entender a importância do diagnóstico precoce. Os sintomas se desenvolvem lentamente e podem não ser específicos. Algumas pessoas, inclusive, não apresentam sintoma algum e só são diagnosticadas através de um exame laboratorial. Mal estar geral e fadiga, coceira generalizada, pele seca, dores de cabeça, perda de peso não intencional, perda de apetite, náuseas, dor lombar, sabor metálico na boca, sensação de frio, inchaço e mudanças na urina podem estar relacionados.

Só o médico especialista é capaz de fechar o diagnóstico, feito com base nos exames clínicos, laboratoriais e de imagem, como o ultrassom. O primeiro passo é procurar o posto de saúde para uma avaliação do clínico geral que fará os encaminhamentos, se necessário.

Ascom

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