No dia Internacional da Mulher, trabalhadoras e trabalhadores, urbanos e rurais e estudantes se reuniram, na manhã desta quarta-feira (08), em protesto contra a Reforma da Previdência, medida do Governo Federal que pode trazer prejuízos para todos os trabalhadores. O vereador Agnaldo Meira (PC do B), participou da manifestação pacífica que ocorreu em frente ao prédio do INSS. O ato unificado paralisou as atividades do INSS e os trabalhadores ocuparam o prédio da autarquia. De acordo com a diretora da FETAG-BA, Josefa Rita da Silva, a manifestação buscou conscientizar toda população a respeito dos prejuízos que a medida do Governo Federal poderá trazer para todos, em especial as mulheres, que segundo a diretora, serão as maiores prejudicadas.
“Escolhemos o dia 08 de março para realizar esse ato porque nós mulheres seremos as mais prejudicadas com essa medida. Não vai mais existir, por exemplo, pensão por morte para mulheres que não tiverem filhos Por isso, estamos aqui protestando pelos nossos direitos”, afirmou Josefa. “O maior prejuízo que essa reforma vai causar para nós mulheres será o aumento da idade mínima de aposentadoria de 55 anos para 65 e para a mulher rural significa um grande prejuízo, porque estamos no dia-a-dia no sol e vivemos a dupla jornada de trabalho realizando sozinha, serviços domésticos”, pontuou Regina Lúcia Lima, Diretora de Políticas Agrícolas do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Juazeiro.
A presidente da Associação de Moradores de Baraúna Salitre, Ilka Ribeiro chamou a atenção das pessoas, ao explicar que as medidas do Governo Federal não prejudicará apenas os trabalhadores rurais, como também todas as categorias urbanas. “ É preciso que toda população, principalmente os jovens, fiquem atentos as essas mudanças que podem retirar os nossos direitos”, confirmou.
ORGANIZAÇÃO - O ato unificado foi organizado pelos sindicatos rurais e urbanos dos municípios de Juazeiro, Irecê, Jacobina, Capim Grosso, Serrolândia, Chorrochó, Sento Sé, Sobradinho, Pilão Arcado, Curaçá, Casa Nova, Macururé, pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), pela FETAG-BA, CUT, e CONTAG-BA. O manifesto também contou com o apoio do vereador Agnaldo Meira, ex - sindicalista que desde jovem, tem lutado pelas causas sociais. Para o parlamentar, que é voz dos trabalhadores a reforma da previdência arrebenta com os direitos da classe trabalhadora. “ São mais de cem milhões de pessoas que dependem dos direitos previdenciários e esse é um momento impar para realizarmos essa manifestação”, disse.
“Não admitimos a perca dos direitos conquistados pela agricultura familiar e pelos assalariados rurais. Somos contra a reforma da previdência! O governo federal também quer desvincular o valor da aposentaria do salário mínimo e é inadmissível um aposentador receber um valor inferior ao salário mínimo.”, explicou o presidente do STRJ, Emerson José da Silva (Mitú). Segundo a organização do evento, o ato contou com a presença de cerca de 2 mil pessoas.
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