Solo fértil e água em abundancia transformaram o Vale do Salitre, anos atrás, no principal abastecedor de frutas e verduras de Juazeiro. A falta de cuidados, o uso indiscriminado da água e a proliferação de algarobas acabaram por deixar o rio praticamente sem água.
"É triste ver hoje nosso rio nessa situação. Lugares que antes tomávamos banho com até três metros de profundidade, hoje não existe nem 20 centímetros de água. Tudo isso é lamentável. Antes os próprios moradores cuidavam da limpeza do rio, mas a quantidade de óleo despejado, o uso irracional e a proliferação das algarobas estão acabando com o rio", revela o agricultor Manoel Antonio Junior.
Para minimizar a situação, a pedido da comunidade, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e o Serviço de Água e Saneamento Ambiental iniciaram essa semana a limpeza da calha do rio, no trecho de Goiabeiras I e II, com uma potente máquina. Com a retirada da lama no leito do rio a água voltou a minar para alegria de Dona Angélica Lemos. "Já não sabia mais o que fazer. Estava comprando água para não ver meus bichos morrerem de sede. Agora com essa ação já podemos ficar mais tranqüilos", disse.
Para o diretor do SAAE, Joaquim Neto, esse é o tipo de parceria que beneficia a todos. "Sabemos o que é viver sem água e o nosso compromisso é o de atender a todas as comunidades. Junto com a Codevasf estamos levando um pouco mais de alegria ao povo sofrido do Salitre", pontuou.
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