Em novo boletim epidemiológico divulgado ontem (21), a Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) anunciou que 83 pessoas já morreram em decorrência de complicações da febre amarela. Mais 173 mortes ainda estão sendo investigadas. O atual surto da doença é o maior no Brasil desde 1980, quando o Ministério da Saúde passou a disponibilizar dados da série histórica. Até então, o ano com o quadro mais grave havia sido 2000, quando 40 vítimas da doença morreram.
Os dados da SES-MG mostram que o estado já contabiliza 1.027 notificações de febre amarela. Destas, 234 foram confirmadas, 57 foram descartadas e as demais continuam sob análise.
Diante do quadro, o governo mineiro anunciou novas medidas para o combate ao surto. Os hospitais da região afetada ampliaram a capacidade de atendimento. Foram abertos 154 leitos extras para pacientes com suspeita de febre amarela: 110 leitos clínicos, 14 semi-intensivos e 30 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Também foram enviados aos municípios 670 mil medicamentos, entre soro e analgésicos.
Na segunda-feira (20), o Ministério da Integração Nacional informou que 63 municípios de Minas Gerais e um do Espírito Santo tiveram a situação de emergência reconhecida por causa do surto de febre amarela. Entre as cidades, estão os três municípios mineiros mais afetados até o momento: Ladainha, Caratinga e Novo Cruzeiro, que têm, respectivamente, 29, 21 e 20 confirmações para a doença.
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