O Conselho de Promoção da Igualdade Racial (Compir) recebeu uma denúncia de violência policial, cometida pela Polícia Militar do Estado da Bahia, particularmente, Rondesp, contra os moradores das comunidades de Alfavaca e Angico, na madrugada do ultimo dia 10 de fevereiro de 2017. Os relatos compreendem uma série de ações repressivas, arbitrárias e irregulares que violam os direitos constitucionais e humanos de moradores e moradoras, tais como: racismo, injúria racial, invasão de residência sem mandado e em horário inapropriado, tortura de jovens, ameaças de morte a mulheres e crianças, agressão a grávidas e idosos. Segundo relatado na denúncia recebida por este Conselho, esse tipo de abordagem tem sido recorrente na região do Salitre.
O Compir vem a público repudiar veementemente tais procedimentos e informar à sociedade que está envidando esforços no sentido do correto encaminhamento do caso às devidas instâncias legais. Neste sentido, foi realizada uma escuta com a comunidade, sendo a denúncia devidamente formalizada pela comunidade e pelo Conselho junto ao Ministério Público do Estado da Bahia. Do mesmo modo, o caso está sendo encaminhado para a Defensoria Pública do Estado da Bahia e para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O Compir reitera as palavras das comunidades publicadas em nota divulgada à imprensa: "Reforçamos, por fim, a importância do trabalho correto da Polícia Militar, que respeite o direito dos cidadãos e cidadãs e que acima de tudo preze pela paz. Com isto esperamos que medidas sejam tomadas no sentido de coibir qualquer ação futura que torne a amedrontar e desrespeitar nossa gente". Sendo assim, destacamos o compromisso do poder público municipal, através do Compir, de promover a igualdade racial e zelar pelos direitos de todo e qualquer cidadão.
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