O Planserv – Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais injetou quase R$ 1,5 bilhão na economia baiana em 2016 através do pagamento de serviços de saúde. O investimento médio de R$ 122,7 milhões/mês representou um aumento de 6% em relação a 2015, quando a média foi de R$ 115,6 milhões. O aumento se justifica, sobretudo, pelo envelhecimento da população. A taxa de idosos na assistência era de 21,3% em 2013, mas este índice vem crescendo e hoje atinge 23,9%. Outros fatores que pressionaram as despesas de saúde se relacionam à inflação médica, incorporação de tecnologia, ampliação dos serviços no interior do estado, expansão da rede assistencial e judicialização.
A título de comparação, a inflação geral do país medida pelo IPCA ficou em 10,67% em 2015. Contudo, o aumento dos custos da saúde suplementar com os serviços de saúde registrou alta de 19,3% no mesmo ano. Tomando-se como base o índice de variação de custos médicos/hospitalares (VCMH), principal indicador utilizado pela saúde suplementar como referência sobre o comportamento de custos, "é possível verificar que a pressão do crescimento das despesas assistenciais em saúde são notadamente superiores quando comparados à inflação geral do país", destacou a Coordenadora Geral do Planserv, Cristina Cardoso.
"O crescimento das despesas previsto para o ano passado era da ordem de 10%. Porém, como resultado de importantes ações de controle que implementamos, constatamos uma variação de apenas 6%", destacou a gestora. Em 2016, mais de 450 mil beneficiários utilizaram algum dos serviços oferecidos pelo Planserv, correspondendo a 90% da carteira. Até dezembro, o Planserv gastou mais de R$ 120 milhões para custear quase 1,9 milhão de consultas eletivas realizadas ao longo do ano, ou seja 155 mil/mês. O número de atendimentos de emergência, por sua vez, foi de 535 mil, cerca de 45 mil/mês, os quais foram responsáveis por um investimento de mais de R$ 86 milhões.
Já o número de exames cobertos pelo Planserv em 2016 no âmbito ambulatorial e hospitalar foi de quase 17 milhões (cerca de 1,4 milhões de exames/mês). Para isso, foi necessário investir mais de R$ 375 milhões. "Entre 2015 e 2016, houve um aumento de 9% no total de exames realizados. O custo com exames, porém, foi 14% superior, indicando que foram realizados exames e procedimentos mais complexos de um ano para o outro e, portanto, mais onerosos", frisou Cristina Cardoso.
Os gastos com internações hospitalares foram da ordem de R$ 559 milhões, cerca de 1,74% menor que em 2015. Esta redução pode ser atribuída à melhor qualidade da assistência prestada nos níveis de assistência menos complexos, como hospital-dia e à resolutividade dos programas de prevenção.
De acordo com o Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS), de 2008 a 2059, o crescimento da incidência de diabetes, hipertensão, câncer e cardiopatias na população crescerá entre 51% e 67%, previsão que implica discutir a preparação do sistema de saúde para enfrentar essas demandas. "A diretriz do Planserv segue o conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que um sistema exitoso deve se sustentar em sua capacidade de melhorar a saúde da sua população, respondendo aos anseios dos beneficiários de forma absolutamente viável do ponto de vista financeiro", afirma Cristina.
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