Um soldado francês disparou contra um homem armado com uma facão no Carrousel do Louvre, que é o centro comercial subterrâneo do museu, em Paris, na manhã desta sexta-feira (3). O homem chegou a agredir um militar, o que o governo francês chamou de um "visível" ataque de caráter terrorista.
Um grupo de quatro militares da Operação Sentinelle fazia a vigilância do museu quando um homem foi na direção deles gritando "Allahu Akbar" ("Alá é grande", em árabe), segundo a polícia francesa. Um dos militares ficou ferido no antebraço e outro reagiu, disparando cinco vezes contra o homem armado.
O suspeito foi atingido na barriga e ficou gravemente ferido, mas permaneceu consciente, de acordo com o jornal francês "Le Monde". Sua identidade ainda não é conhecida. O jornal "Le Monde" diz ainda que ele levava dois facões, mas não tinha explosivos. Um segundo suspeito foi detido, mas a polícia ainda não sabe se ele tem alguma relação com o ataque.
O primeiro-ministro francês, Bernard Cazeneuve, disse que a agressão no Louvre é um "visível" ataque de caráter terrorista. Para o Ministério do Interior, o incidente é considerado grave.
Turistas deixam Museu do Louvre após soldado atirar contra homem que levava um facão na manhã desta sexta (Foto: Reuters)
Segundo a polícia, o incidente ocorreu por volta das 10h (hora local, 7h em Brasília) quando o suspeito, que carregava duas mochilas nas costas, desceu na praça do Carrousel e seguiu em direção ao Louvre.
O chefe da polícia de Paris afirmou que observações levam a acreditar que o homem queria realizar um ato terrorista. "Estamos lidando com um ataque de um indivíduo que era claramente agressivo e representava uma ameaça direta, e cujos comentários nos levam a pensar que ele gostaria de ter realizado um ataque terrorista", disse o chefe da força policial da capital francesa, Michel Cadot.
O museu foi esvaziado e a polícia restringiu o acesso ao estabelecimento, no centro da capital francesa. Por medida de segurança, a estação Palais Royal Musée du Louvre, da Linha 1, foi fechada.
O público que estava no museu no momento do ataque, cerca de mil pessoas, foi mantido afastado e confinado em uma parte segura do prédio, segundo o jornal francês "Libération". A área ao redor do museu, que atrai diariamente milhares de visitantes, foi isolada pela polícia, informou um jornalista da AFP.
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