Michel Temer visitou o ex-presidente Lula, na noite dessa quinta-feira (2), no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, para prestar solidariedade pela morte de dona Marisa. Após ouvir gritos de "golpista" e "assassino" de simpatizantes do petista, no momento em que chegava ao local, junto com pelo menos 15 aliados, o presidente foi recebido de forma cordial por Lula, que disse estar feliz por ele ter deixado "questões políticas" de lado.
Segundo Lula, o encontro com FHC, ocorrido mais cedo, sinalizava para a juventude a necessidade de superar o ódio e a intolerância que intoxicaram a política brasileira. “Todos nós aqui temos a responsabilidade de fazer esse país se reencontrar e voltar a sorrir”, declarou aos visitantes.
Visivelmente abatido, segundo o blog do Josias, do portal Uol, Lula ainda aconselhou o presidente: “Não se faz reforma da Previdência com o país em recessão”. O petista também se queixou do Supremo Tribunal Federal: “Está acovardado” e abriu uma fresta para o diálogo: “Michel, quando quiser conversar comigo, me chame. Não posso é ficar me oferecendo.”
Temer recebeu a mensagem de forma positiva: “Ah, com essa abertura, vou chamar muitas vezes.”
O presidente estava acompanhado por José Sarney (PMDB) e pelos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Henrique Meirelles (Fazenda), Dyogo Oliveira (Planejamento), José Serra (Relações Exteriores), Helder Barbalho (Integração Nacional) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). Também integraram o grupo os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Eduardo Braga (PMDB-AM), Romero Jucá (PMDB-RR), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), e o presidente da Casa, Eunicio Oliveira (PMDB-CE).
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