Após afirmar que os blocos de corda da Associação de Blocos de Trios e Cordas de Juazeiro (ABTJ) não iriam participar do Carnaval de Juazeiro 2017 e ser criticado pelo Coordenador de Eventos da Prefeitura Municipal, Samuel Moraes, o presidente da ABTJ, Antônio Gama, retornou ao Programa e Blog Geraldo José nesta terça-feira (17).
Na oportunidade Antônio Gama rebateu as afirmações feitas pelo coordenador de eventos da Prefeitura Municipal quando afirmou que o presidente da ABTJ estava fazendo “politicagem” com o carnaval.
“Eu fiquei surpreso com o que ouvi. Eu citei naquele momento a informação de dois blocos que eu tinha a informação precisa. Eu sabia que os blocos Pinico e Meu no Seu estavam se articulando para sair, mas isso foi confirmado depois. Eu fiquei surpreso com o que eu ouvi de estar fazendo politicagem no carnaval. Se eu fosse fazer politicagem eu teria feito no ano da eleição. Em 2015 criticamos o formato indoor e nós não saímos. Em 2016 eu sai e trouxe uma grande atração. Não pedir para ninguém não colocar bloco na rua. Eu nunca misturei a política partidária com o carnaval”, disse.
O presidente da ABTJ fez duras críticas ao início do governo do prefeito Paulo Bomfim. “O grande problema desse governo, que é herança dos demais, é que ninguém pode criticar. Toda pessoa que critica, que eleva a voz contra esse governo e o antecessor, dizem que é “dor de cotovelo”. Isso é uma pressão. Tem donos de blocos que votaram no prefeito e não estão indo para rua esse ano. Faço questão de retificar que dos 13 blocos da ABTJ apenas quatro vão para a rua”.
Mais uma vez Antônio Gama questionou o formato da festa Indoor que acontecerá na Orla 2 de Juazeiro e também o destino do valor arrecado nos três dias de festa.
“A Orla 2 fechada cabe em torno de 30 mil pessoas. Se cada pessoa consumir quatro latinhas de cerveja vai dá em torno de 120 mil latinhas, dividido por 12 dá 10 mil caixas por dia. Uma caixa vai ficar em torno de R$ 24,00 e vai ser vendida a R$ 5,00 a latinha. Vai dá um lucro de R$ 36,00 por caixa. 10 mil vezes 36 vai dá R$ 360 mil por dia. Dá um lucro de um milhão e 80 mil reais. Lucro líquido. Eu me pergunto onde vai entrar esse dinheiro? Como a prefeitura vai prestar contas? Vai sair dia 30 o nome da empresa que vai explorar a avenida e a festa indoor. Estamos caminhando para o Fortal? PréCaju? Aí sim os blocos vão deixar de existir. O coordenador do carnaval disse que até 2020 o carnaval vai se tornar sustentável, mas isso vai ser como se o governo federal e estadual não manda nada?" interrogou.
O coordenador de Eventos da Prefeitura de Juazeiro, Samuel Moraes, participou da entrevista e respondeu às críticas feitas pelo Presidente da ABTJ, Antônio Gama, referente ao formato da festa indoor e a participação dos blocos da associação. “Não foi verdade o que ele falou tanto que os blocos estão aqui afirmando que vão sair. Ele também fez colocações infelizes e insinuações que eu não admito. Não admito ficar com essas colocações. Me exaltei, mas peço desculpa. Também acho importante a participação dos blocos e acho que o carnaval deve continuar crescendo”, frisou.
O coordenador deu mais detalhes sobre a organização do carnaval. “Nós só anunciamos até agora as maiores atrações, mas teremos sete trios elétricos de grande porte todos os dias. Tem hora para começar e não para terminar. Pela formação que estamos organizando teremos trios até 3h e 4h da manhã. Nós estamos aumentando o carnaval pra Orla 2 e tem pessoas que gostam do palco”.
Sobre o pagamento de taxa dos camarotes que tem como sede residências localizadas na Avenida Adolfo Viana, no Circuito Ivete Sangalo, o coordenador de Eventos explicou: “A gente faz com que o carnaval seja interessante para o investidor. Se você vai tirar remuneração daquilo ali precisará pagar alguma coisa para o evento. A pessoa não pode cobrar pelo espaço sem pagar nada a prefeitura. Restaurantes, ambulantes pagam o imposto. Queremos mais camarotes e ter com o que pagar”, concluiu Samuel.
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