Dezessete presos fugiram de uma das celas da Cadeia Pública, no Complexo Penitenciário de Salvador, no bairro da Mata Escura. Eles serraram a grade e, na área externa da unidade, pularam um alambrado de aproximadamente três metros. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado, todos faziam parte da facção Bonde do Maluco (BDM). A capacidade da penitenciária é de 808 presos e, antes da fuga, haviam 1.247 detentos.
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap) informou que a fuga foi detectada pela manhã quando os agentes penitenciários da unidade perceberam os danos na cela. Os internos cerraram as grades da cela e violaram ainda mais três barreiras fixas.
O comunicado informa ainda que após a direção da unidade tomar conhecimento do ocorrido, a Superintendência de Gestão Prisional da Seap entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública que disponibilizou todos os recursos possíveis para promover a captura dos foragidos e a investigação do fato. Além disso, a Seap registrou a ocorrência na Delegacia Circunscricional de Polícia para que seja apurada a fuga.
A Rondesp, o Batalhão de Choque da Polícia Militar e o Grupamento Aéreo (GRAER) já estão promovendo a busca dos internos, enquanto que o Batalhão de Polícia de Guarda apura todas as circunstâncias em relação a segurança do perímetro da unidade.
Concomitante a isso, o Departamento de Polícia Técnica está fazendo uma perícia na cela e a Seap, através da Corregedoria, vai abrir ainda hoje, uma sindicância para investigar os procedimentos de segurança da Cadeia Pública e todas as circunstâncias da fuga. A Cadeia Pública foi inaugurada em maio de 2010 e é a primeira fuga registrada desde então.
“A Cadeia Pública sofre dos mesmos problemas da maioria das unidades do complexo: superlotação. Os fugitivos estavam numa cela construídas para abrigar seis internos”, declarou Geonias Oliveira, presidente do sindicato.
“A unidade é a única do complexo que tem uma estrutura que poderia ser segura, se tivesse vigilância. Não tem muro ao redor. Não tem sistema de câmera de vigilância e apenas dois únicos agentes fazem o monitoramento da unidade”, disse Geonias.
A Seap, no entanto, disse que a cadeia conta atualmente com 110 agentes, que trabalham em quatro grupos de cerca de 27 profissionais por turno. Os agentes são responsáveis por ações como abertura de celas, recolhimento e revista. Conforme a assessoria, quando a Seap foi criada, haviam 900 agentes nas cadeias e hoje são 1.790. O último concurso foi realizado em 2014, no qual 490 candidatos foram convocados.
Uma lista com os nomes dos fugitivos foi divulgada pelo sindicato nesta sexta. Confira:
Alexandre Bento Ramos
Clodoaldo Rocha Santos
Claudilon Conceição da Paixão
Jocivaldo dos Santos Sousa
Elenilson Gonçalves dos Santos
Ricardo Martins Batista Santos
Jorge Cardoso dos Santos
Marcos Benedito Dultra dos Santos
Uilian Santos Oliveira
Diego Veloso Brandão
Eddy Jackson Santos Nascimento
Erico de Sousa Pinto
Everto dos Santos Ferreira
Jairo Borges de Jesus
Jean Carlos Menezes
Raimundo Silva Santos Júnior
Jeferson Santos Silva
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