O fundador do Wikileaks, Julian Assange, revelou em entrevista ao jornalista Fernando Moraes, do Blog Nocaute, a existência de documentos que comprovam o envolvimento do presidente Michel Temer e outras pessoas do seu gabinete na articulação de um cenário internacional favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Roussef.
Segundo Assange, há "muita coisa sobre as partes envolvidas, como eles agiram historicamente – incluindo o presidente Temer e outras pessoas do seu gabinete". O ativista explica que "a maioria trata de contatos com a embaixada americana. Vindo à embaixada americana, trazendo briefings e tentando fazer lobby para que ela apoie um partido ou outro".
Quando questionado se houve golpe ou impeachment, Assange diz que "algo entre as duas coisas". "Um golpe político, como pode ser chamado", acrescentou.
O fundador do WikiLeaks lembrou também de uma mensagem divulgada no site em janeiro de 2006. Segundo ele, Temer vai à embaixada americana com frequência. "A mensagem é somente a respeito das informações fornecidas por Michel Temer, suas visões políticas e as estratégias do seu partido", disse.
Isso mostra um grau um pouco preocupante de conforto dele com a embaixada americana. O que ele terá como retorno? Ele está claramente dando informações internas à embaixada dos EUA por alguma razão. Provavelmente para pedir algum favor aos Estados Unidos, talvez para receber informações deles em retorno."
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