PT de Salvador fragilizou bloco de esquerda, diz sindicalista

08 de Jan / 2017 às 16h00 | Política

A ameaça de punição aos vereadores de Salvador, Luiz Carlos Suíca e Moisés Rocha, pela direção municipal do PT, foi rechaçada por um dos coordenadores do Sinergia, Regino Marques, nesta sexta-feira (6). De acordo com o sindicalista, “a composição do parlamento não é matéria de instância partidária”.

“Tenho o conceito de que a matéria em debate é da bancada e que o partido está em um momento de fragilidade. Não está em condição de punir vereadores que têm representatividade na cidade, principalmente em bairros populares e ligados a movimentos sindicais, por conta desse tipo de matéria”, salienta Regino, que tem 20 anos de filiação aos trabalhadores.

Para o dirigente do Sinergia, o PT, ao lançar uma candidatura de vésperas, expôs e causou danos para a imagem dos históricos partidos aliados, como PCdoB e PSB. “Converso com muita gente do meio sindical, que não concorda com esse tipo de exposição pejorativa por parte de dirigentes de correntes e de mandatos. Ficou ruim para a sigla e, principalmente, para os partidos de esquerda que são nossos aliados desde sempre”, completa.

Regino Marques reforça ainda, que a militância tem direito de ter divergentes opiniões. “É totalmente legítimo, mas o PT, em várias outras esferas, tem feito composições para poder ter mais representatividade em comissões estratégicas e mesas diretoras. E os mandatos de Suíca e de Moisés são populares, se olhar bem o mapa eleitoral eles são da periferia de Salvador. E, atualmente, o partido está se propondo a ser um partido da periferia, um partido de negros”.

Ascom do Vereador Luiz Carlos Suíca

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