Em seu primeiro Angelus de 2017, o papa Francisco lamentou hoje (1º) o atentado em uma casa noturna de Istambul, na Turquia, que deixou 39 pessoas mortas, incluindo 15 cidadãos estrangeiros. As informações são da Agência Ansa.
No pronunciamento, o líder da Igreja Católica, que no passado se envolvera em uma crise diplomática com Ancara ao reconhecer o genocídio armênio, garantiu seu apoio a "todos os de boa vontade que se esforçam contra o terrorismo". Infelizmente, a violência agiu também nessa noite de esperança. Com dor, estou próximo ao povo turco", disse. O ataque foi realizado na boate Reina, no bairro de Besiktas, e também deixou 69 feridos, dos quais quatro em estado grave.
O atentado ocorreu por volta de 1h30 do dia 1º de janeiro (20h30 de 31 de dezembro em Brasília), em uma casa noturna que recebia centenas de pessoas para a festa de réveillon. Contudo, a imprensa local ainda diverge sobre o número de terroristas - de um a três - e sobre a dinâmica da ação. Chegou-se a divulgar que um agressor estava vestido de Papai Noel, mas imagens de uma câmera de segurança mostram um homem encapuzado e todo de preto entrando armado na discoteca.
Os terroristas - ou o terrorista - mataram primeiro o segurança da boate e depois dispararam a esmo no público. Para escapar, muitas pessoas pularam nas águas geladas do Estreito de Bósforo. As forças de segurança da Turquia mobilizaram 17 mil agentes para capturar os responsáveis pelo ataque. "Estão tentando criar caos, desmoralizar o nosso povo, desestabilizar o nosso país com ataques abomináveis contra civis. Manteremos o sangue frio como nação e permaneceremos mais unidos do que nunca", declarou o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
O chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, também lamentou o atentado. "O nosso dever comum é combater o terrorismo. É difícil imaginar um crime mais cínico do que matar pessoas inocentes durante a festa de Ano Novo", disse. Em dezembro, o embaixador de Moscou na Turquia, Andrei Karlov, foi morto em um atentado em Ancara. O país tem sido alvo frequente de ataques terroristas por conta de seu envolvimento na guerra civil da Síria, onde tem aproveitado as operações contra o Estado Islâmico para bombardear posições curdas.
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