A Assembleia Legislativa da Bahia entrou em recesso, mas a eleição para a presidência da Casa segue como o assunto de maior expectativa entre os parlamentares. Atualmente, quatro nomes se colocam como candidatos ao posto. Presidente da AL-BA, Marcelo Nilo afirma já possuir 31 votos de um total de 32 necessários para emplacar o sexto mandato consecutivo. Concorrem ainda o Pastor Sargento Isidório (PDT), Ângelo Coronel (PSD) e Luiz Augusto (PP). Entre as articulações, os candidatos tentam conquistar um bloco importante na Casa.
O grupo de oposição já definiu que não terá um candidato próprio durante o pleito e que vai apoiar um dos nomes. No entanto, o martelo só deve ser batido a partir dos primeiros dias de janeiro. De acordo com Sandro Régis, líder da oposição, uma comissão prepara um documento com medidas que o futuro presidente deve seguir. Entre os itens está o fim da reeleição. Não temos nada definido ainda. Só vamos voltar a conversar a partir de janeiro, lá para o dia cinco. Agora todo mundo está viajando. Estamos elaborando um documento para ser entregue ao candidato, é preciso cumprir medidas, a exemplo do fim a reeleição.
Montamos uma comissão e fazem parte dela os deputados Luciano Ribeiro, Leur Lomanto Júnior, Carlos Geilson e Sildevan Nóbrega. Eles serão os responsáveis por elaborar esse documento”, explicou Sandro à Tribuna. Questionado sobre o encontro entre Marcelo Nilo e o prefeito de Salvador, ACM Neto, Régis afirmou que não soube e preferiu não comentar.
Além do apoio do grupo de oposição, os próximos dias devem ser de mudança no cenário da eleição, marcada para o dia dois de fevereiro. De acordo com o deputado Ângelo Coronel, o seu grupo tem conversas com outros candidatos e é possível que algum saia da disputa por um apoio contra a reeleição de Nilo. “Nossa candidatura é uma candidatura de renovação contra a continuidade que prega o fim da reeleição, estou conversando com os colegas individualmente, independente de bancada, para fazer essa mudança. Tenho tido boa recepção, fechamos a bancada do PSD com sete deputados, temos acordos com o PP, PDT, estamos conversando bastante e nesses 45 dias que temos pela frente ainda tem muita água para rolar. E que no dia dois eu chegue para a vitória”, disse Coronel à Tribuna.
“Temos conversa com o PP, com o Luiz Augusto para analisarmos lá na frente a nossa posição, mas a minha candidatura está mantida, inabalável. Tenho o apoio do senador Otto Alencar e foi prometida a neutralidade do governador. Já com o PDT, o deputado Félix está conversando com bancada dele para saber qual seria a melhor solução, se a manutenção do pastor Isidório e um apoio em caso de segundo turno, ou a saída dele, mas isso está sendo discutido dentro do PDT”, explicou.
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