O presidente Michel Temer (PMDB) planeja fazer uma minirreforma ministerial em fevereiro para conter a base aliada, que pode demonstrar insatisfações no início do próximo ano. A estratégia é evitar que os partidos abandonem o governo no Congresso Nacional diante de turbulências geradas no meio político em função do surgimento de novas denúncias de irregularidades. De acordo com a Folha, Temer deverá substituir nomes que possam deixar o governo por causa do conteúdo de delações premiadas de executivos da Odebrecht e contemplar com mais espaço nos ministérios legendas aliadas. Entre os partidos contemplados devem estar o PSB e aqueles do chamado "centrão", que devem ser beneficiados com os ministérios do Trabalho, Saúde e Meio Ambiente.
A preocupação é em eleger um presidente da Câmara que barre qualquer pedido de impeachment contra Temer, como o aliado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Também para evitar retaliações do "centrão", o presidente deverá deixar para fevereiro, durante a minirreforma, o anúncio do deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) para a Secretaria de Governo. O Palácio do Planalto ainda planeja incluinr nas mudanças o comando do Planejamento, hoje sob controle do ministro interino Dyogo Oliveira. O PSDB reivindicou a pasta, mas o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) quer manter um nome técnico, para blindá-la de uma indicação política.
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