O deputado presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa da Bahia, Alex da Piatã (PSD), um dos defensores do segmento católico na Casa do legislativo do Estado, criticou de forma dura a posição do Supremo Tribunal Federal (STF) de isentar de crime o aborto realizado por mulheres grávidas com até três meses de gestação. Para o pessedista, a medida é uma abuso de autoridade.
"Não podemos assistir isso calados. O STF quer legislar e não tem autoridade legal e moral para o assunto. A tipificação de crime para aborto é lei e se for modificada tem que passar pelo Congresso. Com a medida, agora teremos várias vidas ceifadas. Aborto é crime e não pode deixar de sê-lo", disse.
De acordo com o político, o STF cometeu aquilo que ele classificou de absurdo. "Quando uma mãe sabe que está grávida, de imediato os pais, a família comemora, pois sabe que ali tem uma vida gerada. O dom da vida quem dá é Deus e só Ele pode tirar. O STF cometeu e comete um grande absurdo com isso", afirmou.
Nota da CNBB – Em tempo, o deputado parabenizou a postura da Conferência do Bispos do Brasil (CNBB), principalmente do seu vice-presidente, o arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, de lançar uma nota e fazer um trabalho de conscientização sobre o assunto. A CNBB repudiou de forma veemente a decisão do Supremo.
"Os bispos pedem para que tenhamos uma postura em defesa da vida. Conclamam as comunidades a rezarem e se manifestarem nesta defesa da vida, desde a sua concepção. Então como político, ouvindo esse chamamento, não medirei esforços em discutir e combater o aborto", finalizou.
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