HU-Univasf participará de mutirão de combate ao câncer de pele

19 de Nov / 2016 às 17h00 | Variadas

O “ Dia C - Dia de Combate ao Câncer de Pele” é uma ação realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que oferece consultas ambulatoriais gratuitas para pacientes com suspeita da doença. O mutirão acontecerá no dia 26 de novembro, das 09h às 15h, no Hospital da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf).

A SBD estabeleceu o “Dia C” no ano de 2012. Anualmente, o projeto atende uma média de 30 mil pessoas por todo o país. Na cidade de Petrolina-PE o evento vem sendo organizado pela médica dermatologista do HU-Univasf, Paulyane Ramos, e contará com a colaboração de outros dermatologistas e de residentes e estudantes de medicina da Univasf. Todos trabalharão de forma voluntária.

As pessoas que tiveram algum tipo de lesão ou mancha suspeita na pele deverão procurar o ambulatório do HU-Univasf no dia do mutirão para passar pela avaliação dos profissionais. Não é necessário marcar antecipadamente a consulta.

“O melanoma costuma se manifestar através de manchas ou pintas, com bordas irregulares, que mudam de cor ou tamanho e que podem sangrar. Já em relação aos outros tipos câncer de pele, são sempre lesões que não cicatrizam, muito mais comuns na face. De repente, surge aquela lesão que começa a sangrar espontaneamente. Quem apresentar sinais com essas características deve procurar um médico. ”, explicou a dermatologista, Paulyane Ramos.

Segundo a especialista, na maioria dos casos, o procedimento cirúrgico é o tratamento mais indicado. Durante o mutirão, serão identificados pacientes que precisam passar por cirurgias as quais devem ocorrer posteriormente, no próprio HU-Univasf. Os demais casos serão encaminhados para as unidades de saúde referência em oncologia.

Mais sobre o câncer de pele

O câncer da pele é o mais comum entre todos os tipos de câncer. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, 135 mil novos casos, representando cerca de 25% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil.

Pessoas que tomaram muito sol ao longo da vida sem proteção adequada têm um risco maior de desenvolver a doença. Isso porque a exposição solar desprotegida agride a pele, causando um crescimento anormal e descontrolado das células que a compõem.  Essas alterações celulares podem levar ao câncer.

Existem três tipos de câncer de pele:

Carcinoma basocelular (CBC) – É o mais comum entre os tipos de câncer de pele. Costuma surgir em regiões mais expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Podem se desenvolver também nas áreas não expostas, ainda que mais raramente. Tem baixa letalidade, e pode ser curado em caso de detecção precoce.

Carcinoma espinocelular (CEC) – Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol. É duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres.  A exposição ao sol não é a única causa do CEC, pois, alguns casos da doença estão associados a feridas crônicas e cicatrizes na pele, uso de drogas antirrejeição de órgãos transplantados e exposição a certos agentes químicos ou à radiação.

Melanoma – É o tipo menos frequente de câncer de pele. Segundo o INCA, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. A detecção precoce aumenta as chances de cura em mais de 90%. Por isso, é importante observar a própria pele constantemente e procurar imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer lesão suspeita.

Pessoas de pele clara têm mais risco de desenvolverem a doença, que também pode manifestar-se em indivíduos negros, ainda que mais raramente. O melanoma tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina, pigmento que dá cor à pele. A hereditariedade também desempenha um papel central no desenvolvimento desse câncer.

Ascom/HU-Univasf

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