Apesar da nova redução de 3,1% dos preços da gasolina e nas refinarias, aunciada pela Petrobras, os consumiores se queixam que o valor dos combustiveis praticamente não teve alteração nas bombas de postos de Salvador e de cidades do interior da Bahia.
De acordo como IGBE, somente em outubro, a gasolina aumentou 10% na capital baiana e na região metropolitana mesmo com as duas reduções anunciadas pela Petrobras - em outubro, a empresa anunciou redução do valor do diesel em 2,7% e da gasolina em 3,2% nas refinarias, mas o efeito também não foi notado pelos consumidores na ocasião.
Nesta quarta-feira, a reportagem percorreu postos de Salvador para conferir os preços. A diferença de valores nos postos passa de R$ 0,25.
Em um posto que fica no bairro da Boca do Rio, a gasolina custa R$ 3,87, o mesmo preço dos últimos dias. No Rio Vermelho, um posto baixou o valor do combustível de R$ 3,89 para R$ 3,79. Na Avenida Garibaldi, outro posto também reduziu o valor em R$ 0,10 centavos e cobra, agora, R$ 3,76. Em um posto do bairro de Itapuã, foi encontrado preço mais barato para a gasolina: R$ 3,59.
Apesar das pequenas reduções, os consumidores reclamam. "É muito pouco e a gente roda muito. Temos muitas refinarias aqui e [o preço] poderia ser menor", afirma o corretor de imóveis Pedro Ivan. "Diminuiu lá, mas quando chega aqui, ao invés de diminuir também, o preço sobe. Não tem como entender esse repasse", reclama o bancário Roberto Magalhães.
No interior do estado, a variação de preços é grande. Em Itabuna, no sul da Bahia, o preço médio da gasolina é um dos mais baratos entre as cidades baianas: R$ 3,63. Em Barreiras e Vitória da Conquista, o preço médio da gasolina é de R$ 3,85. Já em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, o combustível custa, em média, R$ 3,76. Juazeiro, na região norte da Bahia, tem a segunda gasolina mais cara do estado. O preço médio do litro na cidade é de R$ 4,05.
O economista Paulo Dantas lembra que fatores como tributos e o preço do álcool, que é misturado à gasolina, interferem no preço final. "Ainda tem os custos decorrentes de transporte, de logística e, além disso, tem os postos que têm os seus custos da própria comercialização, na tributação e o próprio lucro. É uma série de fatores que estão além daquele preço que é exclusivamente administrado pela Petrobrás", afirmou.
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