Escrever sobre assuntos que geralmente são comuns serem escritos apenas por profissionais da área específica ao tema que será abordado, não é necessariamente considerado um ‘desvio de função’. Caso alguém resolva expressar sobre determinado assunto referente ao que não aprendeu teoricamente em uma academia, desde que se observe os preceitos e se tenha o cuidado de não se entusiasmar e querer entrar mais profundamente nas especificidades do que se pretende discorrer, não seria petulância.
É fato que a saúde humana é o objeto de estudo do médico, profissional responsável em realizar diagnósticos, solicitar exames, prescrever medicamentos, realizar cirurgias e outras atividades inerentes à profissão, a partir de conhecimentos em anatomia e fisiologia. Mas socializar, publicizar e chamar a atenção para a existência, para os cuidados e a necessidade do tratamento de determinadas enfermidades são deveres de todo o cidadão, bem como de seu papel no contexto do mundo em que vive.
É sabido que o câncer de mama é uma das principais causas de mortalidade feminina no mundo e um dos principais motivos é a descoberta tardia da doença e a dificuldade do acesso a novas terapias de tratamento. A detecção precoce é um dos métodos mais eficientes para o diagnóstico do câncer. No caso do câncer de mama sabe-se que 95% dos casos diagnosticados no início têm possibilidade de cura.
Para alertar a população da prevenção sobre o câncer mais comum em mulheres em todo mundo, foi instituído o ‘Outubro Rosa’, mês onde monumentos públicos são iluminados de rosa durante o período e ações têm como objetivo tornar pública a campanha, discutir o assunto e divulgar atividades preventivas contra a enfermidade.
Depois de o mês de outubro ser marcado pela campanha de mobilização para prevenção, o Outubro Rosa, o mês de novembro é internacionalmente dedicado às ações relacionadas ao câncer de próstata e à saúde do homem (Novembro Azul). O mês foi escolhido porque o dia 17 de novembro é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, o sexto tipo mais comum no mundo e o de maior incidência nos homens. As taxas da manifestação da doença são quase seis vezes maiores nos países desenvolvidos. Cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem em homens com mais de 65 anos. Quando diagnosticado e tratado no início, tem os riscos de mortalidade reduzidos. No Brasil, é a quarta causa de morte por câncer e corresponde a 6% do total de óbitos por este grupo.
Homens a partir dos 50 anos devem procurar um posto de saúde para realizar exames de rotina. Os sintomas mais comuns do tumor são a dificuldade de urinar, frequência urinária alterada ou diminuição da força do jato da urina, dentre outros. Quem tem histórico familiar da doença deve avisar o médico, que indicará os exames necessários.
Gervásio Lima
Jornalista e Historiador
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